EVOLUÇÃO INSUFICIENTE EM NOITE DE DESASTRES

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FOTO: EDSON VARA / LIGHTPRESS / FLICKR CRUZEIRO E.C. 

Penúltimo jogo da temporada, 37ª rodada do campeonato brasileiro, time prestes a marcar o nome da instituição num lugar onde nunca esteve. Numa noite de momentos distintos, o Cruzeiro conseguiu provocar em sua torcida as mais variadas sensações. Da esperança de ver um time com uma postura diferente e parecendo disposto a buscar um bom resultado (que nesse caso, até um empate serviria) até o momento do descontrole emocional, do desespero e da aceitação de que, enquanto esses jogadores estiverem em campo, o Cruzeiro não será capaz de sequer marcar um gol.

Ao mesmo tempo em que apontar culpados é fácil, atribuir as parcelas de culpa a cada um fica sofrível. Na derrota de hoje, por exemplo, Egídio, Edilson e Cabral tem uma parcela de culpa absurda. Egídio simplesmente desaprendeu a jogar futebol, qualquer lapso de bom jogador que já teve, ficou há muito no passado. Edilson é outra bomba relógio em campo, que não contribui e ainda pega pilha, deixando o time mais nervoso. Cabral que poderia ser uma opção viável de bom passe, se tornou um jogador nulo.

Adilson está em sua segunda semana de treinamento e não me parece ser capaz de operar o milagre que foi a missão que lhe deram. Não por incompetência, mas por erros que, nesse momento, não poderiam ser cometidos. É claro que jogar boa parte do segundo tempo com um a menos não está nos planos, mas o técnico foi obrigado a queimar duas substituições já pensando no último e derradeiro jogo, o jogo que vai sacramentar tudo no próximo domingo.

O Cruzeiro além de não depender mais dele, precisa de fazer a partida perfeita contra o Palmeiras. E pra isso acontecer, o time não pode ter Egídio em campo! Quis o destino que o além da suspensão do amarelo, ainda fosse expulso no final. É a hora da base, Adilson! Não há outro motivo. Tem que recorrer. Só a base pode salvar… se é que existe salvação.

Hoje, sem dúvidas, enfrentamos o adversário mais difícil nas piores condições possíveis. A derrota era esperada (ou deveria ser) – mas a postura do time em campo mostra que algumas decisões, se fossem tomadas há algumas rodadas, teriam um efeito melhor. Agora é pontuar e pontuar. O Cruzeiro agora joga pela sua história imaculada quase centenária.

De positivo, talvez, um brio que há tempos não se via.

De negativo, bom, todo o resto: presidente, diretoria, jogadores, treinadores, influenciadores, passadores de pano e todo resto.

O Cruzeiro está muito próximo da segunda divisão.

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