Caso Ederson: é necessário pensar no clube antes de tomar decisões

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Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Ederson ingressou na Justiça contra o Cruzeiro cobrando mais de R$ 2,6 milhões entre salários, férias e FGTS. O clube detém 60% dos direitos econômicos do volante e conforme trazido pelo Tiago Mattar do Superesportes ainda deve 9 de 11 parcelas no valor total de R$1,375 milhões. O primeiro pedido de liminar para rescisão foi negado no início desse mês. Diante do imbróglio, o staff do atleta de 20 anos irá se reunir com a diretoria do Cruzeiro para tentar resolver a situação. A reintegração ao elenco, inclusive, não está descartada. O Blog Toque Di Letra antecipou essa possibilidade.

Antes de tudo, é bom frisar que o retorno não é simples. A relação estremecida com André Cury, empresário do atleta, é um dos entraves. Além disso, naturalmente encontra resistência em grande parte dos torcedores que se sentiram traídos com a atitude do jogador em acionar o clube que lhe deu oportunidade na Justiça. Antes da chegada de Rogério Ceni, no ano passado, Ederson estava para ser devolvido ao Desportivo Brasil, sem perspectivas de jogar. Seu bom rendimento na Copa do Brasil Sub-20 foi determinante para sua permanência e, com as oportunidades do antigo treinador, se tornou um dos principais jogadores do time no fatídico ano de 2019.

Ainda que nosso orgulho esteja ferido, é importante notar que essa movimentação de seu staff sinaliza duas eventuais situações. A primeira é que propostas financeiras e esportivas não devem ter sido tão vantajosas para o jogador em relação ao que ele já tinha aqui (titular, contrato renovado até 2023 e perspectiva de evolução). A segunda é que a batalha na Justiça promete se estender sem garantia de sucesso, já que o clube quitou parte das pendências antes da ação ser ingressada.

Para um jovem ficar sem jogar é péssimo. Se voltar, é importante encará-lo como um ativo importante que pode render um dinheiro fundamental para o clube na janela do meio do ano ou no fim da temporada caso consiga novamente se destacar. Se ele encarou o Cruzeiro somente como um empregador (não está errado, mas ignorou todo o suporte que encontrou para evoluir como atleta) que o encaremos também como um ativo valioso financeiramente. Outra possibilidade é procurar o Bahia e tentar um negócio pelos atletas Régis e Yuri, duas peças que ajudariam bastante na Série B. Trouxemos essa possibilidade no Deus me Dibre. Clique aqui e veja.

É hora de deixar o orgulho um pouco de lado e pensar no melhor para o clube. Ter um jovem com potencial de desenvolvimento disponível para jogar ou como moeda de troca é melhor do que seguir brigando na Justiça.

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