Apesar da disposição, Wagner faz parte do passado e assim deve permanecer

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FOTO:  DIVULGAÇÃO/QSL

O meia-atacante Wagner, vice-campeão da Libertadores em 2009 pelo Cruzeiro, surpreendeu em entrevista ao programa Bastidores, na Rádio Itatiaia, ao comentar que voltaria ao clube até por um salário de R$ 1 mil. Aos 35 anos, o meia está sem clube desde que deixou o Al-Khor, do Catar, em janeiro desse ano.

“Se eu tiver que me adequar em questões financeiras para ajudar o Cruzeiro… por mim, se quiser me dar R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil… se quiser me dar R$ 1 mil eu aceito. Eu só quero ajudar e retribuir o que o Cruzeiro já fez por mim. A questão financeira não é empecilho nenhum na minha vida para retornar ao Cruzeiro. Basta o Cruzeiro realmente querer”, disse.

Wagner esteve na Toca II no início dessa temporada em uma visita ao então treinador do clube, Adilson Batista, com quem trabalhou entre 2008 e 2009 no Cruzeiro. Houve uma conversa do atleta com o Conselho Gestor que administrou o clube durante 6 meses após renúncia do presidente Wagner Pires de Sá sobre um possível retorno que acabou não se concretizando. O meia não foi o primeiro jogador a se “oferecer” ao Cruzeiro. O volante Nilton, bi-campeão brasileiro entre 2013 e 2014 também deu declarações nesse sentido, comentando que jogaria “até de graça”.

Apesar da declaração inusitada, é preciso separar as coisas. Wagner está em baixa no mercado. Aos 35 anos, jogou oficialmente pela última vez em novembro do ano passado e o último gol marcado foi em março. Vivendo um momento de queda técnica e física – algo natural – é preciso entender que todos tem uma história com início, meio e fim. O momento, agora, é de mudança e projetação de novos jogadores, como aconteceu com o próprio Wagner que chegou ao Cruzeiro em 2004 sendo promessa e correspondeu se tornando realidade. Fez parte de uma reformulação que ocorreu no clube e permitiu que um jovem tivesse seu espaço. Hoje, atletas como ele, Nilton, e o próprio Henrique (que, por ainda ter contrato, retornou) acabam minando o lançamento de jovens com potencial.

Acredito na boa intenção do atleta, mas um clube rebaixado e saqueado como o Cruzeiro foi precisa olhar pra frente, vislumbrar novos talentos e se reinventar.

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