
FOTO: BRUNO HADDAD/ FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O Cruzeiro chegou ao segundo jogo seguido sem vitória na Série B diante do Confiança, no estádio Batistão, em Aracaju, pela quinta rodada da Série B do Brasileiro. Após um primeiro tempo razoável com algumas oportunidades criadas (o zagueiro Matheus Mancini tirou duas bolas em cima da linha) e até um pênalti perdido por Régis, o time abriu o placar aos 25′, em cabeceio de Raúl Cáceres, o jogador mais regular da equipe até o momento, mas não conseguiu vencer. Com o empate, segue em 11º na classificação com 4 pontos conquistados.
Henrique, Riquelmo e Thiago iniciaram o jogo nos lugares de Ariel Cabral, Stênio e Marcelo Moreno, respectivamente. Controlando a partida que apresentava um nível técnico baixíssimo tanto pela característica extremamente física dos jogadores do Confiança como um gramado bastante irregular, o Cruzeiro acabou sofrendo o empate no fim do primeiro tempo, aos 41′. Em posição de impedimento, Ari Moura recebeu a bola pelo lado direito, driblou três adversários e rolou para Reis chutar forte e deixar tudo igual. Fábio chegou a espalmar a bola, mas sem força suficiente para desviá-la para escanteio.
Enderson não mexeu na equipe e mandou o mesmo time para segunda etapa. Se o primeiro tempo não foi de um grande nível em termos de desempenho do Cruzeiro, mas que possibilitou algumas chances e um jogo ligeiramente controlado, o segundo foi terrível. A equipe não conseguia controlar e ditar o ritmo da partida, forçava bolas longas ao invés de tentar toques curtos para envolver o adversário e a posse se resumia ao campo defensivo. Ao passar do meio-campo, perdia-se rapidamente e com isso o Confiança foi aumentando seu volume de jogo. Com um futebol fraco e de pouco repertório, as alterações promovidas por Enderson foram tardias (Maurício entrou aos 20 minutos, Claudinho e Welinton aos 35′, respectivamente) e pouco efetivas, o time terminou a etapa final com apenas 2 finalizações no alvo e um total de 504 passes trocados e 61% de posse de bola, externando o deserto de ideias.
O ataque é o setor mais frágil do Cruzeiro, algo que já foi comentado e é sabido. Gol custa caro e sem recursos fica ainda mais difícil descobrir bons valores, principalmente quando o setor de análise e captação de mercado não é utilizado como deveria. Porém, com mais repertório, boas escolhas e treinamento, dava pra fazer mais. O Confiança é um dos piores times da competição e era obrigação vencer a partida. O trabalho de Enderson Moreira não anda, suas escolhas e alterações são ruins e a mensagem é que há muito o que melhorar.
No sábado, às 19h, o Cruzeiro terá clássico com o América em casa pela sexta rodada da Série B. Antes, encara o CRB às 16h de quarta-feira no estádio Rei Pelé, em Maceió, buscando avançar para quarta fase da Copa do Brasil. Pra isso, terá de vencer por três gols de diferença, já que foi derrotado no Mineirão por 2 a 0, em março. Em caso de vitória por dois gols de vantagem, haverá disputa de pênalti. Enderson não poderá contar com Régis, Arthur Caíke, Claudinho e Patrick Brey, pois já atuaram na competição por Bahia e Ferroviária, respectivamente. Caso ganhe por dois de vantagem, haverá disputa por pênaltis para definir o classificado.