
FOTO: REPRODUÇÃO / CRUZEIRO E.C.
Passe refinado, classe, desenvoltura e liderança. Ariel Cabral chegou no Cruzeiro em 2015 com certa desconfiança da torcida, mas bastaram poucos jogos para que todos percebessem sua qualidade, principalmente, na distribuição de jogo. Em campo, organiza o meio campo como poucos. Não é aquele jogador que dá show para torcida, joga para o time. Criticado por alguns pela sua lentidão, não vive no ano de 2018 o seu melhor momento com a camisa do Maior de Minas, mas sua importância no elenco – e ambiente – vai além das quatro linhas. Conheçam nesse texto um pouco mais do jogador de futebol Alejandro Ariel Cabral.
Lucas Romero:
No início de 2016 a situação financeira do Cruzeiro não era das melhores e a ordem era contratar sem gastar. Uma promessa argentina estava com o contrato perto do fim no Vélez Sarsfield. Seu nome? Lucas Romero. Foi oferecido ao Cruzeiro, porém disputado por várias equipes. Consultado à época sobre a qualidade do atleta, Ariel foi convicto ao afirmar que poderiam trazê-lo. Quando atuava no Vélez, Romero estava surgindo no time de transição e posteriormente jogaram juntos.

Por trás da vinda de Lucas Romero: ligação de Ariel foi fundamental para a decisão do jogador de atuar no Maior de Minas (Foto extraída do Yahoo Esportes)
Por iniciativa própria, ligou para o antigo parceiro recomendando que ele aceitasse o Cruzeiro pelo excelente ambiente, estrutura e grandeza do clube. Muito respeitado, foi o suficiente para convencer Romero sobre sua decisão. E assim o argentino conhecido como “El Perro” desembarcava em Minas Gerais.
Deja todo en la cancha:
O jogo de volta pela Copa do Brasil contra o São Paulo, no Mineirão, foi doloroso para Cabral. O jogador sofreu uma pancada na região pélvica na segunda metade do 2º tempo e atuou aproxidamente 25 minutos com inchaço no testículo, já que não haviam mais alterações à serem feitas. Após o jogo – e classificação – o jogador teve de ser submetido a uma cirurgia para drenagem no local. Com ou sem dor, deixa tudo em campo.
Adaptação aos novos estrangeiros e comportamento:
Dentro do clube, é unânime: todos gostam do Ariel. Sua tranqüilidade, simpatia e vontade de vencer contagia a todos. Do roupeiro ao presidente, não existe ninguém que tenha críticas a fazer ao jogador. Muito bem adaptado em Belo Horizonte, não seria surpresa se fixasse residência na cidade. Por este motivo, todos os estrangeiros que chegaram ao Cruzeiro não tiveram problemas na adaptação (com exceção ao Caicedo, por problemas relacionados a doença da mãe). Cabral sempre se mostrou solícito para ajudar da melhor forma possível a seus novos companheiros, não à toa o crescimento técnico de Giorgian Arrascaeta após sua chegada. O interesse de clubes do mundo árabe no fim de 2015 e metade de 2016 nunca o seduziu a deixar o Maior de Minas. Cabral sente-se em casa.
São 120 jogos com a camisa azul e com mais três partidas ultrapassará Walter Montillo, tornando-se o terceiro argentino com maior número de jogos pelo clube, ficando atrás apenas de Perfumo e Sorín. Muito além do terno, sua personalidade, caráter e conduta são fundamentais ao Cruzeiro Esporte Clube.
Saudações Celestes.
#MeDibre