Sem forças, Cruzeiro empata com Cuiabá e praticamente sacramenta permanência na Série B

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Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

No último compromisso de 2020, o Cruzeiro foi a campo no Independência pela 32ª rodada e, pouco inspirado, não conseguiu balançar às redes do Cuiabá, que jogou em Belo Horizonte satisfeito com o empate e em determinados momentos do jogo esteve mais perto de abrir o placar. Em um jogo sem muitas chances, a Raposa praticamente sacramentou sua permanência na Série B, já que as chances de acesso a Série A são remotas. Com 41 pontos, a equipe poderá chegar no máximo a 59 pontos.  O Juventude, que abre o G-4, tem 49, com 21 a disputar.

Felipão promoveu mudanças na equipe titular. O meia Giovanni entrou no lugar do volante Jadsom e Arthur Caíke assumiu a vaga de Aírton pela esquerda. O Cruzeiro tentava impor seu ritmo, mas o Cuiabá se defendia bem e tentava sair nos contra-ataques. Mesmo com volume de jogo, a Raposa não conseguia criar boas chances de gol. A melhor oportunidade da primeira etapa foi para os visitantes. Marcinho, em velocidade, aproveitou a marcação falha pelo lado esquerdo do Cruzeiro e rolou de calcanhar para Pierini, que finalizou rasteiro e viu Manoel salvar enquanto Fábio já estava batido no lance. Foi a principal jogada do primeiro tempo, que acabou sem novas emoções.

O Cruzeiro voltou pra segunda etapa sem alterações, mas buscando mais jogo pela necessidade da vitória. Cáceres, que apoiou pouco no primeiro tempo, estava subindo mais ao ataque pela direita. Em um cruzamento do paraguaio, a bola passou na frente do gol sem nenhum jogador para concluir. Em outra chance pela esquerda, Pottker recebeu livre para finalizar, mas furou feio duas vezes. Machado assustou a meta de João Carlos em cobrança de falta, mas o time seguia estéril na produção ofensiva. Satisfeito com o empate, o Cuiabá não tentava partir pra cima e mesmo nos contra-ataques, optava por tirar a velocidade da partida. Sem mais jogadas de perigo, o jogo acabou empatado e o Cruzeiro perdeu a chance de reduzir a distância para o Juventude em 6 pontos.

Com um planejamento falho, três técnicos durante a competição e mais de 50 jogadores utilizados na temporada, não é possível falar em “surpresa” com a atual campanha e a permanência na Série B mesmo com maior orçamento e folha salarial da competição. O Cruzeiro paga pelo amadorismo dos seus dirigentes e a confiança em nomes que não justificam no seu trabalho a capacidade de liderar uma reformulação que recoloque o clube divisão de elite. Não há gestão profissional que se justifique com um diretor de futebol do quilate do Deivid. É difícil prever o que pode dar certo no futebol, mas o errado, quase sempre, é óbvio. O próximo duelo do Cruzeiro será contra o Sampaio Corrêa no dia 8 de janeiro, em São Luiz, no Maranhão, pela 33ª rodada.

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