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André Mazzuco é apresentado e traça perfil de contratações: “jogadores que queiram vencer”

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FOTO: REPRODUÇÃO / CRUZEIRO E.C.

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, utilizou o canal oficial do clube no YouTube para apresentar o novo diretor de futebol, André Mazzuco, que estava no Vasco da Gama desde julho de 2019. Em breve pronunciamento, também confirmou a saída de José Carlos Brunoro, à caminho do Coritiba, conforme antecipado pelo portal em 30/12 (confira aqui). O dirigente aproveitou para explicar a repactuação do departamento de futebol para 2021, com o retorno de Deivid ao cargo de diretor técnico e exaltando a capacidade de “formação de elenco, organização e reestruturação de departamento” do novo diretor. Também lembrou da importância do técnico Felipão no planejamento do elenco para 2021, atuando como um “manager” junto aos diretores, no que o presidente chamou de decisões colegiadas e não únicas.

Em pouco mais de 20 minutos, Mazzuco respondeu perguntas da imprensa e tocou em pontos importantes. Destacou que o Cruzeiro de 2021 será um clube que precisa receber “pessoas vencedoras, atletas e profissionais que queiram vencer e estejam cientes do problema do clube”. Questionado sobre qual estratégia adotar dentro de um planejamento com recursos limitados e um elenco oneroso, tendo ainda que atender ao pedido do Felipão por um elenco mais experimente, o que exige consequentemente maior investimento, o diretor citou a importância de trabalhar dentro da realidade do clube.

O nosso eixo norteador é realidade do clube. Temos que entender nossas limitações e ser o mais eficiente possível dentro desse cenário. Obviamente que não podemos contar apenas com dificuldades e ser criativo, buscar receitas e soluções para esse momento. O Cruzeiro tem essa obrigação de acesso pra Série A pelo tamanho do clube e precisamos buscar soluções que nos permitam essa possibilidade mais próxima. Naturalmente temos que qualificar, tem coisas pra resolver, criar ambiente positivo e buscar alternativas que possam nos levar nessa disputa do que temos como objetivo dentro da temporada e com um consenso entre comissão técnica e departamento de futebol, buscar os melhores atletas para fazer parte do processo. É ser muito pontual e ter um alinhamento importante. Quando se tem uma limitação financeira, vale a criatividade e temos pessoas trabalhando para o departamento de futebol que buscarão alternativas e precisamos ser assertivos nesse ponto, destacou

O diretor também foi abordado sobre os problemas de planejamento apresentados na temporada, com jogadores da base subindo e depois retornando, atletas sendo afastados e reintegrados, negociações de transferência frustradas e uma alta folha salarial devido a repactuação de salários feita no início de 2020 e que, com a permanência na Série B, apresentam uma dificuldade a mais no orçamento. Mazzuco destacou que tais dificuldades criam uma situação de desequilíbrio dentro do clube e reforçou que a tarefa do departamento do futebol é readequar e destacou que trabalhará junto com Deivid na evolução desse processo.

O Deivid está conosco no departamento de futebol e precisamos readequar. Cabe a nós buscarmos a melhor condução desse processo, trazendo competitividade. O Cruzeiro precisa entrar nessa temporada com um espírito focado na conquista, focado no acesso. Temos uma grande vantagem que é uma estrutura sensacional, profissionais sérios e competentes e uma comissão técnica qualificada, um treinador a frente do processo que é campeão mundial. Temos elementos importantes e precisamos trazer esse equilíbrio, organizar e não deixar escapar alguns processos que em função dessa dificuldade acabam acontecendo, e aí vai caber ao nosso trabalho para que, com eficiência, voltar a Série A.

Em relação ao teto salarial de R$ 150 mil estabelecido ainda pelo Conselho Gestor no início de 2020 para reduzir a folha salarial, o diretor preferiu não comentar já que não fazia parte da realidade do clube naquele momento e frisou que a folha alta também foi consequência do rebaixamento em 2019, o que consequentemente gerou salários incompatíveis com a realidade da Série B. Questionado sobre como lidar com às categorias de base, já que o técnico Felipão deixou claro que “não se conquista acesso com 12 juniores”, o diretor ressaltou a necessidade de ter um equilíbrio.

Temos responsabilidades no campeonato que requer um equilíbrio com experiência. Os jovens são importantes e ao mesmo tempo que tenham atletas próximo a ele que sejam referência. Temos que ter muito cuidado, o jovem ainda não passou por grandes experiências em momentos de crise, pressão e momentos que há uma obrigação e responsabilidade grande do clube subir. Precisamos ter tranquilidade em utilizar esses meninos que serão importantes no aspecto técnico e financeiro do clube, mas naturalmente precisamos entender a formatação do grupo de maneira equilibrada. Que a gente consiga ter esse ganho na experiência e na qualidade da juventude para buscar os resultados. 

Por fim, comentou sobre a situação do zagueiro Dedé, cujo o contrato com o clube vai até dezembro de 2021 e que possui situação indefinida. O jogador machucou o joelho direito em outubro de 2019 e passou por cirurgia no Rio, optando por procedimento fora do clube. Também vem realizando a recuperação e a preparação física fora de Belo Horizonte. Sobre a questão jurídica e contratual, o dirigente comentou que discutirá na sequência.

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