
FOTO: RODOLFO RODRIGUES / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Constantemente convocado para defender as categorias de base da Seleção Brasileira Sub-15 e Sub-17, Alejandro chegou ao Cruzeiro em 2015 com 13 anos de idade. O jogador, inclusive, já estreou profissionalmente pelo clube no Brasileiro de 2018, no último compromisso do time contra o Bahia, sob o comando do então auxiliar técnico Sidnei Lobo. Em julho do ano passado, o meia deu entrevista a um canal mexicano do Youtube chamado “Jóvenes Futbolistas MX Oficial” (confira aqui) e comentou sobre essa dupla nacionalidade. Filho de pai mexicano e mãe brasileira, foi convocado para um período de treinos com a seleção mexicana sub-20 no ano passado.
Alejandro foi um dos artilheiros do Sub-17 do Cruzeiro em 2019, marcando 7 gols em 25 jogos entre Mineiro e Brasileiro da categoria. Na Copa São Paulo desse ano participou de 5 jogos e deu duas assistências. O atleta chegou a integrar o elenco profissional durante o ano passado, mas acabou retornando a base. Fez 9 jogos pela equipe na péssima campanha do Brasileiro Sub-20. Com contrato até março de 2023, o portal apurou junto ao staff do atleta que o mesmo ainda não foi procurado para renovação e como assinou o primeiro vínculo profissional por cinco anos, o Cruzeiro fica desprotegido em relação a propostas que cheguem do exterior, já que a FIFA reconhece a validade do primeiro contrato profissional apenas por três anos.
O caput do artigo 29 da Lei Pelé estabelece que o clube formador possui o direito de firmar com o atleta, a partir de 16 anos de idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo com prazo máximo de 5 anos. Contudo, seguindo as diretrizes da FIFA, conforme artigo 18.2 do “Regulation on the Status and Transfer of Players” – “RSTP”, em se tratando de atletas menores de idade, quando em eventual litígio submetido a órgão da FIFA, serão considerados somente os 3 primeiros anos de duração do contrato. Sendo assim, caso chegue uma proposta pelo atacante em março, mantendo as atuais bases contratuais, ele poderá sair sem o clube receber por isso.
Alejandro não é o único atleta da geração 2002/2003 que assinou o primeiro contrato profissional por cinco anos. Essa prática foi comum na gestão Itair Machado, com Amarildo Ribeiro coordenando as categorias de base. Outros jogadores de potencial da mesma geração como Rodrigo Bazílio (goleiro), Danilo (lateral-direito), Weverton (zagueiro), Kaiki (lateral-esquerdo), Vitinho (emprestado ao Palmeiras), Stênio (atacante) e Ageu (volante) também possuem a mesma situação contratual.