
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
O ano de 2020 foi de superação para Diego Tardelli.
O atacante retornou ao Atlético, para sua terceira passagem no clube, no dia 12 de fevereiro. No dia sete de março, entrou poucos minutos no clássico contra o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro. No jogo seguinte em Nova Lima, contra o Villa Nova, na estreia de Sampaoli, ficou no banco e não entrou na partida.
Houve a paralisação do campeonato devido à pandemia, e no retorno das atividades, se lesionou em jogo-treino contra o América, no dia 15 de julho, na Cidade do Galo. No dia seguinte passou por cirurgia no tornozelo direito que o manteve fora dos gramados até meados de dezembro.
Após sua recuperação e estar a disposição de Sampaoli, a torcida atleticana cobrou muito a utilização de Tardelli na reta final do Brasileiro. Porém, o jogador foi muito pouco utilizado pelo treinador.
Questionado se houve uma demora para sua utilização no time, Tardelli desabafou.
Com certeza, eu acho que eu fiz um trabalho de fisioterapia muito bom. Tentei adiantar o mais rápido possível, para estar com meus companheiros em dezembro. Era essa a minha meta. Dia 15 de dezembro eu já estava entregue ao grupo. Lógico que faltava um pouquinho de ritmo de jogo, faltava um pouquinho de adaptação. E quando foi no dia 16 de janeiro eu tive uma conversa com Sampaoli, onde ele me passou que num primeiro momento ele não ia me utilizar e me perguntou o que ele poderia fazer para me ajudar, dentro de campo ou no dia a dia. A única coisa que eu falei, era que eu precisava de ganhar ritmo de jogo, eu precisava estar numa lista de relacionado para os jogos. Porque, independente se ele fosse me utilizar ou não, as pessoas tinham que ver. A imprensa não acompanha mais os nossos treinamentos aqui no CT, e muita gente não sabia o que estava acontecendo. Então, eu pedi para que ele pelo menos me relacionasse para os jogos, e se ele quisesse me utilizar eu estaria a disposição. Então foi isso que aconteceu. Deixei ele super à vontade, não tenho problema nenhum com ele, e foi isso que aconteceu. Então, para o torcedor entender, quando ele não me colocava no jogo, era uma ideia dele. Não concordava, porque eu sentia que estava num momento muito bom. Sabia que eu poderia ajudar em alguma forma. Infelizmente ele não cumpriu com essa obrigação. Enfim, foi uma decisão dele. É uma decisão que o treinador tem. Respeitei, procurei ficar calado. Procurei não expor isso para todos pelo momento que o clube passava. O clube estava brigando no momento pelo título, brigando para ser campeão, e eu não queria expor. Então trabalhei quieto, fiz a minha parte dentro de campo. Estava a disposição dele desde o dia 25 de dezembro, mas infelizmente não fui aproveitado. Então, ficou um sentimento um pouco triste da minha parte, por não ter ajudado como eu queria. Eu sei que eu poderia ser importante nessa final do Campeonato Brasileiro. Me preparei muito para isso, mas infelizmente ele optou por outros atletas.