Conceição reconhece atuação ruim da equipe, mas pede paciência: “É o início de um processo”

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICAL / CRUZEIRO E.C.

O início do Cruzeiro no Campeonato Mineiro não está sendo como o esperado. Após o empate diante do Uberlândia na estreia, mas com boa apresentação coletiva e muitas chances criadas, o time comandado por Felipe Conceição foi superado pela Caldense, nessa quarta-feira, dentro do Mineirão, após três meses sem atuar no Gigante. Foi somente a segunda vitória da equipe de Poço de Caldas na capital, a última vez havia sido em 1995. Desde 2004 a Raposa não iniciava o Estadual sem vencer os dois primeiros jogos.

Para Felipe Conceição, o revés e oscilação faz parte de um “início de processo” e uma nova filosofia de jogo que está sendo aplicada em relação aos últimos anos demanda tempo e que as coisas vão melhorar.


Tivemos dificuldades na parte ofensiva e também na parte defensiva. Não fizemos um bom jogo. É o segundo jogo da temporada. A gente sabe das dificuldades de um início de trabalho, mas a expectativa hoje era de a gente dar mais um salto, mais um tijolinho na construção e ter uma atuação melhor. Infelizmente, não aconteceu. É trabalhar para a próxima partida. Infelizmente, não temos muito tempo de treinamento. Mas é recuperar, ter tranquilidade, entender que estamos no início do processo e entender isso. Com o passar do tempo, as coisas vão melhorar, explicou o técnico.

Diferente da estreia, o time apresentou dificuldades na transição defensiva e também na criação e acabamento de jogadas no ataque, mesmo com 17 finalizações. Chances foram perdidas e principalmente os atacantes abertos responsáveis pela amplitude e penetração na área, William Pottker e Felipe Augusto, não conseguiram gerar o desequilíbrio necessário. O treinador explicou que parte desses problemas eram esperados.


Muitas falhas são culpa dessa mudança de filosofia que estamos implantando. Jogar com uma linha alta numa equipe que estava acostumada a jogar com bloco baixo, isso cria dúvidas em alguns momentos. Enfrentamos uma equipe que fisicamente, em termos de ritmo de jogo, está à frente da nossa. É normal pelo período de preparação. Perdemos esse timing no jogo de hoje. A equipe adversária tinha sempre um passe antes, uma entrada antes, uma marcação antes da nossa movimentação. Isso nos trouxe dificuldades durante a partida, mas faz parte desse início de processo. É bem natural a primeira linha ter dificuldade se sobe ou se desce porque não era acostumada na temporada passada. Com o tempo a equipe terá a compactação devida na parte defensiva e uma fluidez ofensiva maior, concluiu.

O treinador também aproveitou para eximir qualquer atleta individualmente de culpa, como William Pottker, bastante criticado pelo excesso de decisões erradas tomadas no campo e gols perdidos. O atacante atuou os dois jogos sem ser substituído e ainda não conseguiu apresentar um bom nível. Para Conceição, a culpa pelo resultado negativo deve cair em suas costas.


Não foi o Pottker, não foi outro atleta individualmente que teve atuação abaixo. Foi a equipe, e aí a responsabilidade é minha, não é deles. Estamos nos aplicando, os jogadores buscaram empate/vitória até o final. Se tem culpado do resultado do jogo de hoje, sou eu. A gente vai continuar trabalhando, porque entende o início do trabalho e processo. E a insatisfação da torcida é a nossa. Garanto que, daqui um tempo, o Cruzeiro vai estar forte e a própria torcida, que está insatisfeita, vai estar comemorando com a gente.

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