
FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Manoel é atualmente um dos principais jogadores do Cruzeiro e teve um desempenho de destaque na Série B não só pela liderança, mas pela parte técnica e, principalmente, um forte jogo aéreo que garantiu gols importantes para manutenção da equipe na competição. Com contrato até o fim de julho, a situação da renovação do zagueiro segue paralisada. Em notícia publicada pelo Globoesporte, seu empresário declarou que staff do atleta e diretoria – a época liderada por Deivid – chegaram a alinhar um acordo, que ficou distante.
O Cruzeiro teve uma folha salarial de R$ 5 milhões na Série B, uma diferença de R$ 4 milhões em relação a Chapecoense, que terminou com o título do torneio. O alto custo, contudo, não adiantou com a bola rolando. Em campo, a Raposa ostentou apenas o 11º lugar, com 49 pontos. Jogadores experientes como Léo (zagueiro), Jadson (volante), Henrique (volante) e Marcelo Moreno (centroavante) possuem salários fora do teto estabelecido pelo clube de 150 mil e contratos longos, o que dificulta uma rescisão ou até mesmo empréstimo para outras equipes. Com esse desafio, fica ainda mais distante dentro da perspectiva financeira do clube uma renovação com Manoel. Mesmo importante, uma série de contratos mal feitos e contratações equivocadas comprometem o orçamento.
Ainda que a diretoria não fala sobre negociações em aberto, o futuro de Manoel no clube pode ser visto com pessimismo, a não ser que ocorra uma reviravolta e o atleta abra mão de boa parte dos seus vencimentos para permanecer. Como acabou a temporada em alta, propostas de outras equipes devem surgir. Caso a manutenção não seja viável, o momento é de valorizar o que há em casa. Uma safra muito boa de zagueiros está disponível, com o garoto Weverton se apresentando com personalidade, além de Paulo e César, destaques na categoria Sub-20.
Diante do planejamento mal executado do ano passado, que resultou em mais um ano do clube na Série B, a paralisação na renovação de contrato do zagueiro tem um motivo muito claro: financeiro. Sendo assim, é hora de sacrifícios e assertividade, para que os poucos recursos possíveis sejam utilizados de forma correta, algo que ficou faltando em 2020.