
FOTO: GUSTAVAO ALEIXO / CRUZEIRO
Com o risco iminente de sofrer uma nova punição na FIFA, sendo impedido de registrar novos jogadores por conta do transfer ban e visualizando possíveis novas e mais rigorosas punições, como uma nova perda de pontos na Série B do Campeonato Brasileiro e até um rebaixamento de forma imediata à Série C, o Cruzeiro anunciou nas últimas semanas um número grande de contratações para o futebol profissional.
A punição se dá por conta de uma dívida feita ainda em 2015, quando contratou o meia Arrascaeta junto ao Defensor, do Uruguai. O Cruzeiro foi condenado no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) no último dia 28 de maio, que manteve a obrigação do pagamento de 1.151.500,00 milhão de euros, somados a mil franco suíços (R$112,9 mil) por custas processuais em um prazo de 30 dias.
Ainda tendo que lidar com salários de jogadores e prestadores de serviço do clube em atraso e sem qualquer perspectiva de recebimentos futuros, além do rompimento da atual diretoria executiva do clube com o investidor Pedro Lourenço (Supermercados BH), o Cruzeiro também encontra dificuldades por conta dos inúmeros bloqueios judiciais em suas contas.
Segundo reportagem publicada pelo portal UOL, os bloqueios impedem, também, a quitação de dívidas executadas na justiça. E é diante dessa afirmação que o Cruzeiro justifica somente a quitação de salários dos funcionários que recebem na casa de R$1 mil e os atrasos recorrentes nas folha de pagamento.
Mas nem mesmo todos esses problemas financeiros impediram o Cruzeiro de fechar contratos com possíveis reforços. Entre os novos contratados pelo clube, estão os laterais Norberto e Jean Victor, o zagueiro Rhodolfo e os atacantes Wellington Nem, Keké e Eduardo. E, embora a realidade do clube seja notória e pública, a cada nova contratação, aumenta a preocupação de atletas, funcionários e também credores, que não tem sequer uma perspectiva de pagamento.
E é essa falta de perspectiva e planejamento da diretoria, que também afeta credores do clube, que Eduardo Uram, empresário e agente do mundo do futebol, notificou o Cruzeiro via empresa Brazil Soccer na CBF, sobre receitas futuras do clube. Segundo apuração, a entidade máxima do futebol brasileiro respondeu que o Cruzeiro não tinha previsão de recebimentos financeiros.