
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O Cruzeiro convive com um problema crônico no seu setor ofensivo desde o ano passado, quando a equipe ficou apenas com o 13º melhor ataque da competição, com 39 gols marcados em 38 rodadas. A chegada de Rafael Sobis trouxe um impacto imediato, com o veterano atacante marcando seis gols em 16 partidas e se tornando o artilheiro do time na competição. Em segundo lugar ficou o zagueiro Manoel, com cinco gols em 25 jogos. O defensor se transferiu para o Fluminense na atual temporada.
Em 2021 o cenário não está tão diferente. Dessa vez, outro jogador que na teoria exerce majoritariamente uma função defensiva assumiu o protagonismo de balançar as redes: o volante Matheus Barbosa. Ainda que suas atuações oscilem e o atleta não seja unanimidade entre os torcedores, o jogador vem chamando a responsabilidade para marcar gols, principalmente em jogadas aéreas. O jogador é o artilheiro isolado do time na temporada com 7 gols marcados em 25 partidas. Na Série B, já são 4 em oito jogos, apenas dois menos que Rafael Sobis, artilheiro do Cruzeiro na Série B do ano anterior.
O jogo aéreo vem sendo o ponto forte do Cruzeiro até aqui. Dos 13 gols marcados pela equipe, sete foram oriundos de bolas paradas. Barbosa marcou apenas uma vez na Série B com bola rolando, diante do Vasco, quando recebeu passe de Felipe Augusto e, de primeira, colocou no ângulo. Contra CRB, Vasco (o primeiro) e Guarani, o volante estava bem posicionado para concluir a gol após uma cobrança de escanteio. Uma vez com o pé e outras duas de cabeça.
A fase artilheira vivida pelo volante expõe como os jogadores de ataque da Raposa estão devendo. Negociado por empréstimo com o Al Wasl, William Pottker segue como maior goleador do setor com três marcados em 11 jogos. Atrás dele aparecem com dois Felipe Augusto (22 jogos), Rafael Sobis (22 jogos) e Bruno José (23 jogos). Bissoli e Marcelo Moreno marcaram apenas uma vez.