FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Melancólico e preocupante. Assim pode ser definido o início de Série B do Cruzeiro após 10 rodadas. Se o discurso do presidente Sérgio Santos Rodrigues após a derrota para o Confiança na primeira rodada era de “não importa como começa, importa como termina” é bom a mudança acontecer logo, pois o desempenho do time não inspira nenhuma confiança de que conquistará o acesso.
Cruzeiro e Coritiba provavelmente protagonizaram um dos piores quarenta e cinco minutos da Série B, com um nível técnico técnico abaixo da crítica e dois times totalmente ineficientes, ou até mesmo desinteressados, em construir situações de gol e promover realmente um jogo de futebol. Na realidade, parecia mais um acordo de cavalheiros para manter o 0 a 0 e garantir um ponto para cada um. Mozart voltou ao 4-3-3 com Lucas Ventura mantido no meio ao lado de Marcinho e Giovanni. Na frente, Bruno José, Sobis e Aírton eram o trio de ataque. Foram apenas quatro finalizações do Cruzeiro – nenhuma no alvo – e duas do Coxa, sem perigo. Bastante fechado, o Coritiba deu a bola à Raposa, que não conseguiu traduzir posse em situações claras de gol.
O segundo tempo começou sem alterações em ambos os times e um jogo que seguia morno. Precisando da vitória, Mozart lançou Rômulo e Marcelo Moreno aos 15′ nos lugares de Giovanni e Aírton. Mais fixos na defesa, os laterais do Cruzeiro pouco apoiavam. A Raposa aparecia apenas com chutes fracos ou nas mãos do goleiro. E o Coritiba cresceu na reta final, levando perigo ao gol de Fábio. Faltou, entretanto, pontaria ofensiva para os dois times. O placar quase foi alterado em uma bomba de Val, do meio da rua, que fez o travessão do goleiro Fábio balançar, aos 48′ do segundo tempo. E ficou somente nisso. Apesar de 12 finalizações durante o jogo, o Cruzeiro acertou o alvo do goleiro Wilson apenas duas vezes, sem levar perigo.
Jejum de gols com bola rolando
O último gol marcado pela equipe de Mozart com bola rolando foi na vitória sobre o Vasco, na 6ª rodada, com Matheus Barbosa aos 28 minutos do primeiro tempo. De lá pra cá o time também não venceu mais (chegou ao quarto jogo de jejum), empatou três vezes e marcou quatro gols oriundos de bola parada. Chegou ao segundo jogo consecutivo sem bolas na rede.
O técnico Mozart chega ao seu oitavo jogo a frente do Cruzeiro com duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Conquistou 10 de 24 pontos e ainda não conseguiu fazer o time evoluir, 3 pontos apenas a frente da zona de rebaixamento. O time celeste chegou aos 10 pontos, na metade de baixo da classificação, em 13º lugar. O próximo duelo será contra o Botafogo, no sábado, às 16h30, no Engenhão.