Hulk fala sobre a forte marcação que vem sofrendo, projeta jogo contra o River e elogia Nacho

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Hulk vive um grande momento, é o destaque do Atlético na temporada. Artilheiro da Libertadores da América com 06 gols, e vice-artilheiro do Brasileiro com 06 gols, também. São 16 gols em 35 jogos.

Em entrevista ao programa Resenha Espn, o atacante falou, sobre a dificuldade de se enfrentar times que tem jogado muito fechado, só se preocupando em defender.

Hoje os times se defendem muito mais do que antigamente. Taticamente, os times estão muito mais preparados. Às vezes, você vai pegar um time, que teoricamente é bem mais fraco, aí quando você vai olhar, eles fazem uma linha de cinco, com mais uma linha de quatro na frente, e fecham todos os espaços. Você fica tentando atacar, e eles defendendo bem, aí pegam um contra-ataque e fazem um gol, 1 x 0. E depois, como é que você tira o resultado contra um time desse, um time que só defende, é muito difícil.

Hulk salientou que vem sofrendo uma marcação muito forte, o que tem impedido que ele consiga fazer finalizações de fora da área, mesmo chutando muito bem. E elogia o fato de ter bons jogadores ao seu lado no Atlético, que o ajudam a jogar.

Aqui eu não estou tendo essa oportunidade de bater de fora da área. Tem jogo que eu não tenho uma oportunidade de dar um chute de fora da área, porque os adversários já estão em cima. Quando você domina, já tem um, dois. Por isso, quando você tem um cara do lado, como o Nacho, o Allan, que são caras inteligentes, que sabem jogar, quando você procura a tabela com o próprio Savarino, isso ajuda muito. O Keno, quando está bem para jogar, também. Porque aí, se forem fechar meu chute, tem os caras inteligentes, que facilitam as coisas.

O atacante destaca, que com as fortes marcações, está cada vez mais difícil você ver alguém decidindo um jogo individualmente.

Cada vez é mais difícil você decidir um jogo no individual. Antigamente você via muito, um jogador decidir um jogo sozinho. Pegava a bola de trás, e driblava um, dois. Só que quando você driblava o primeiro, o segundo ainda estava um pouco distante. Hoje, você dribla o primeiro, o segundo já está em cima dando o segundo carrinho. Então é muito mais difícil .

Hulk não poupou elogios à Nacho Fernández, para ele um craque, que faz muita diferença dentro de campo, com sua inteligência, e que o ajuda muito nas partidas.

Ele é craque. O Nacho é muito inteligente. É um cara, que quando ele está em campo, ajuda bastante. Porque ele movimenta muito. Ele joga muito sem bola. Então, isso dificulta muito a marcação dos adversários. Quando ele não está em campo, eu sinto a falta do nosso 10, que assume o jogo. Então, quando ele está em campo, o adversário vai marcar ele, aí sobra mais um pouquinho de espaço para mim. Mas, o Nacho é um cara excepcional, muito inteligente. Quando domina, ele já vê meu movimento para tentar essa enviada para mim, até para o Savarino também. É um cara que é do bem, também. É bem tranquilo, bem sossegado.

Sobre a Libertadores da América, Hulk faz questão de frisar que é uma competição diferente, e disse que o Boca não quis jogar, o que complicou muito a classificação do Atlético.

É uma competição diferente. Eu tive oportunidade de jogar alguns jogos de Eliminatórias, pela Seleção, e é parecido. A gente eliminou o Boca, que é o Real Madrid na Liga dos Campeões, na Libertadores, pela história, pelo peso da camisa. Mas é um time, com todo respeito ao futebol argentino, que não tenta jogar. O jogo todo, a bola está lá do lado direito, você do lado oposto, e eles estão puxando sua camisa, chutando seu tornozelo. Eles querem catimbar o jogo inteiro. Se você pega um time, o Boca, pela história que tem, mas pega um time que quer jogar, quer jogo, a gente ia querer jogo, seria um jogo diferente. Mas, você pega um time que toda hora quer catimbar, gritando, acaba que não vira um jogo, vira uma guerra.

Sobre o jogo contra o River, o próximo adversário do Atlético, na Libertadores, Hulk espera um jogo diferente do que foi contra o Boca.

Pelo que eu vi, é um time que tenta jogar. O River é um time que tem bons jogadores, e jogam. É diferente do Boca, que não joga, os caras só brigam, brigam o tempo todo. E aí, acaba por não ter jogo.

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