FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
O técnico Vanderlei Luxemburgo falou, logo após o empate em 1 a 1 contra o Vila Nova, sobre a situação de momento do time e suas percepções para o futuro do clube, além da sua continuidade, ou não, no comando do Cruzeiro. Com 40 pontos conquistados, o time ocupa a 14ª posição na tabela da Série B e começa a ligar o sinal de alerta, uma vez que o Londrina, primeiro time do Z4, está com 35 pontos e ainda joga nesta terça-feira (2), contra o Remo.
Questionado inicialmente sobre o momento do time e o discurso a ser adotado daqui pra frente, Luxemburgo relembrou que em determinado momento acreditou na briga pelo acesso, mas que a realidade agora é outra, com o time precisando dependendo dos seus próprios esforços para pontuar e permanecer na Série B do Campeonato Brasileiro.
“A verdade, ela meio que dói. Mas eu não tenho essa preocupação. Claro que eu cheguei aqui com a expectativa da gente poder brigar. Brigamos, chegamos próximo, mas os jogos decisivos que nós deveríamos jogar, pra encostar na parte de cima, nós não chegamos. Agora o pessoal de baixo encostou, mas estamos ali numa pontuação que faltam 5 jogos, 15 pontos, pra gente adquirir 4 ou 5 pontos e manter o time na segunda divisão. Essa é a condição do Cruzeiro.”
Vanderlei ainda ressaltou que, existe sim a preocupação, mas que no momento o time está confiante. O técnico disse que o emocional do time deu uma abalada após a derrota contra o Avaí, que virtualmente encerrou as chances da Raposa de conseguir brigar pelo acesso. Uma vitória de Goiás e Avaí, que ainda jogam pela 33ª rodada, encerram matematicamente a chance do Cruzeiro de G4, enquanto a preocupação com o Z4 segue viva.
“A preocupação, claro que existe. Se eu falar que não existe, eu vou estar mentindo. Mas existe confiança.”
“Estamos brigando para manter o time na segunda divisão. Ponto. O torcedor tem que entender que essa é a nossa realidade. O jogo contra o Remo foi após a última chance que a gente tinha, contra o Avaí, aí o emocional foi pra baixo. Nós estamos tranquilos, no sentido que nós temos condição de manter o time na segunda divisão. E trabalhar bastante pra que isso possa acontecer, é o que nós temos de realidade.”
Também questionado sobre sua permanência para 2022, Luxemburgo foi enfático ao criticar o planejamento atual da diretoria e cobrou que seja feito algo “totalmente diferente” no próximo ano. Ressaltou seu desejo de ficar no clube e participar do planejamento e da gestão do futebol, mas deixou em aberto para que o Cruzeiro decida se quer, ou não, contar com ele e sua comissão técnica.
“Eu quero estar no Cruzeiro para ajudar o Cruzeiro a ir para a primeira divisão. Esse ano não dá mais. Se eu tenho essa expectativa, óbvio que eu quero estar aqui ano que vem. Mas não depende só de mim, depende do pessoal do Cruzeiro entender que nós temos que fazer o planejamento pro ano que vem totalmente diferente do que foi feito nesta temporada. Para eu continuar no Cruzeiro, nós temos que fazer coisas que não foram feitas nesta temporada. E é isso que nós vamos discutir para que a gente possa ficar aqui. Eu quero ficar. Agora depende do Cruzeiro querer e entender da minha permanência ou não. Eu não tenho nenhum problema de falar que quero ficar.”
O Cruzeiro agora terá uma sequência difícil de jogos. Seus próximos quatro confrontos serão com times que ocupam a parte baixa da tabela e que querem escapar da zona de rebaixamento: Londrina (fora), Brusque (casa), Vitória (fora) e Sampaio Corrêa (fora). O time fecha o campeonato contra o Náutico, em casa.