
Chegamos ao mês de junho, metade do ano e momento crucial para o Cruzeiro na temporada. Campeão Mineiro, classificado para as oitavas da Libertadores sendo o primeiro colocado de seu grupo, a um empate de se classificar para as quartas-de-final da Copa do Brasil e figurando na primeira página do Campeonato Brasileiro. É inegável que a temporada do Cruzeiro até o momento, apesar de apresentar oscilações, é muito boa e cumpre as expectativas que foram previstas para esse elenco que recebeu reforços no início do ano.
Mas algumas dúvidas seguem presentes: esse time poderia estar rendendo mais? E esse mesmo time poderá ser campeão de alguma das grandes competições que ainda disputa? E os reforços contratos, foram de fato bons e úteis ou o que vemos é a continuidade do campeão da Copa do Brasil de 2017? Ou os dois?
É pra ter um norte e criar um paralelo que resolvi analisar de forma mais detalhada, durante esse momento em que o futebol de clubes entrará de “folga”, os oito reforços contratados em 2018, através de números, comportamento tático e extracampo, condicionamento e preparação física.
A começar pelo retorno de Egídio! Contratado para ser titular da lateral-esquerda, após a saída de Diogo Barbosa ainda pela diretoria anterior – Klauss Câmara trouxe o jogador de graça, após a saída do então lateral titular. O lateral do “tremilique nas pernas”, chegou com a desconfiança de ter que assumir a responsa de ser titular do lado mais forte do Cruzeiro no ano anterior. E a verdade é que o manto celeste não pesou no camisa 6.

Egídio: saldo positivo! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Egídio apresentou o bom futebol dos tempos de 2013/14 e além da regularidade em campo (jogou 27 das 34 partidas disputadas pela Raposa) mostra que está com o pé afiado, sendo o líder em assistências para gol do time (7 passes certos). Mesmo com falhas de marcação, Egídio tem sido eficaz no ataque e é um dos nomes responsáveis pela boa retomada do time na fase de grupos da Libertadores. O saldo, até então, é positivo!
Números do Egídio:
27 jogos (2430 minutos jogados)
0 gol(s)
7 assistência(s)
Já que o assunto é lateral-esquerda, vamos ao imediato reserva do camisa 6, o lateral Marcelo Hermes. Vindo do Benfica (POR) com o status de jovem revelação que não se adaptou ao velho continente, chegou-se a especular que com tempo e oportunidade Marcelo conseguiria até assumir a titularidade. Não aconteceu, parte por conta da boa fase de Egídio, parte pelo rendimento médio apresentado pelo jogador. A estreia com gol de Marcelo Hermes, contra o Democrata em Valadares, chegou a empolgar mas parou por aí.

Marcelo Hermes: saldo regular! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Dos últimos cinco reveses que sofreu o Cruzeiro, Marcelo era o titular em três: derrota para o Fluminense, empate com o Internacional e derrota para o Atlético-MG. Todas sem apresentar a mesma qualidade com a qual jogou no Campeonato Mineiro, contra adversário bem mais fracos. O saldo, até então, é regular! Vale a ressalva de que Marcelo veio para compor o elenco e, se possível, desbancar o titular – o que não aconteceu.
Números de Marcelo Hermes:
10 jogos (720 minutos jogados)
1 gol(s)
0 assistência(s)
Agora, na outra ponta do campo, temos a contratação (ou uma das) mais comemoradas pelo torcedor celeste, o atual campeão da Libertadores Edilson. Chegou com a pompa de solução da lateral-direita, mas a realidade até então é outra. Peça fundamental na conquista do título do Campeonato Mineiro, Edilson ficou marcado por conseguir desequilibrar no clássico e parou aí. Muito por conta do seu condicionamento físico que o impediu de ter regularidade. Edilson tem conseguido uma regularidade em campo, jogando por todo o tempo os últimos quatro jogos (Palmeiras, Ceará, Vasco e Chapecoense) mas sem repetir as boas atuações esperadas e sem grande destaque – ofensivo e defensivo.

Edilson: saldo negativo! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
O saldo, até então, é negativo! Edilson, além da oscilação em campo, ainda conseguiu criar uma polêmica desnecessária com a torcida do Cruzeiro ao citar sua vontade de retornar “logo” ao Grêmio. Polêmica que foi logo resolvida, mas que complicou ainda mais sua situação e aumentou a expectativa sobre “quando vai realmente jogar o que jogou no ano passado?” Aqui vale ressaltar que a lateral-direita vinha sendo muito bem improvisada por Lucas Romero, o que mascarou um pouco a necessidade imediata de ter Edilson no time, mas acaba por sacrificar um dos melhores jogadores do elenco celeste.
Números de Edilson:
17 jogos (1377 minutos jogados)
0 gol(s)
3 assistência(s)
Para encerrar essa primeira parte da análise, vamos analisar um gringo que chegou com moral e ainda não soube aproveitar as chances que teve: Mancuello. O volante/meia argentino, que chegou do Flamengo com status de grande reforço para o meio de campo, ainda não conseguiu vingar. E não foi por falta de oportunidade. Mancuello teve ótimo começo, marcando dois gols (Democrata-GV e BOA Esporte) mas com o passar do tempo e a qualificação dos adversários, o jogador não conseguiu fazer valer toda a expectativa em sua contratação.

Mancuello: saldo negativo! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Jogador sabidamente de muita técnica, pouco tem acrescentado quando entra em campo. A imagem mais marcante de sua passagem pelo Cruzeiro, até o momento, é da expulsão no clássico válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, complicando o time que viria a perder por 1 a 0, no estádio Independência. O saldo, até então, é negativo! Mancuello tem chances, mas não consegue se firmar e nem ser útil entrando ao decorrer das partidas.
Números de Mancuello:
23 jogos (840 minutos jogados)
2 gol(s)
2 assistência(s)
Por enquanto, essa é a análise e o saldo final é: um reforço positivo, um regular e dois negativos. Na próxima postagem, que virá ao ar no DEUS ME DIBRE na segunda-feira (18 de junho), a análise será sobre o restante dos reforços: Bruno Silva, David, Fred e Patrick Brey.