FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
A torcida do Atlético, segue ansiosa, para ver logo, o time jogando na sua casa, na Arena MRV. As obras estão aceleradas, porém, isso só irá acontecer em 2023.
Em entrevista ao canal do youtube Breno Galante, o arquiteto da Arena MRV, Bernardo Farkasvölgyi, falou sobre algumas mudanças que estão sendo feitas na Arena MRV, em relação ao seu projeto inicial, e também, sobre o projeto de reforma na Cidade do Galo, visando a visitação dos torcedores, e mais uma fonte de receita para o clube.
Uma das principais mudanças, em relação ao projeto inicial da Arena MRV, será na cobertura da Arena. Segundo Bernardo, houve agora, a opção por telhas zipadas, para diminuir a necessidade de manutenção.
A gente incialmente, estava prevendo a cobertura da Arena, com PVC. Que é uma manta de borracha, plastificada. E ela, me exigia um tom de cinza mais claro. Porque a manta desbota, e se ela desbotasse, nós teríamos manutenção. Por isso, que nas imagens que a gente vê, o cinza é mais claro. Passou em vários testes do Corpo de Bombeiros no Brasil, mas resolveu fazer, mais uma conferência, na Inglaterra. E na Inglaterra, o pessoal do Corpo de Bombeiros, disse que o risco de sinistro não tinha, mas poderia cair uma fagulha, e abrir um buraco no teto, que iria dar muita manutenção. É uma coisa que poderia abrir a possibilidade de manutenção, e ninguém quer uma Arena que dá manutenção. Com isso, a gente mudou, a especificação, que era a manta PVC, para telhas zipadas. Uma telha metálica. Essa telha, nós especificamos lá trás. Eu prefiro a telha metálica. Ela é um pouco mais cara, mas ela voltou para o projeto. A vantagem, é que com a telha eu consegui trabalhar com um cinza bem mais escuro. Então a gente vai conseguir um contraste maior entre o cinza e o branco, que é bem mais escuro, que as imagens da Arena, que estão rodando por aí.
Sobre o gramado da Arena, Bernardo disse que a decisão sobre grama natural, ou a sintética, ainda não foi tomada, mas tudo indica que será sintética.
Ainda não foi decidido. Mas, 95% de chance de ser sintético. Estamos para tomar essa decisão, em breve. Mas, o que eu posso dizer, é que essa decisão, ela está praticamente resolvida, para sintético. Não só pelo custo, mas também por conta da manutenção. E claro, se isso vier a acontecer, o nosso CT, também vai estar apropriado para isso. Obviamente, nós vamos ter campos de grama sintética no CT, para que o time possa treinar, da forma que vai jogar na sua casa própria.
Uma outra novidade, que não fazia parte dos planejamento inicial, é a construção de novos camarotes na Arena. Segundo o arquiteto, a decisão foi tomada, por conta da enorme procura por parte dos torcedores.
Tomou-se uma decisão, que nós vamos fazer os camarotes Norte. Nós já tínhamos camarote, Oeste, Sul e Leste. Agora vamos fazer Norte. Porque, não tem mais camarote, e tem muita gente que está querendo. Então tomou-se a decisão, e vamos fazer camarotes Norte. Hoje são 81 camarotes, que foram vendidos. Que são dos três setores. Agora, nós vamos apresentar mais 32 camarotes. Vamos fechar todo o anel do sexto andar com camarotes.
O arquiteto, deixou bem claro, que a construção desses camarotes, não irá afetar a capacidade da Arena.
Não, não vai cair capacidade. Porque na verdade, nós estamos trocando lounge por camarote. Então, eu estou mantendo a capacidade que eu tinha nos lounges, para os camarotes. Então não tem perda.
Bernardo falou também, sobre o projeto de reformar na Cidade do Galo, e com isso, criar uma nova fonte de receita para o Atlético.
O nosso CT, já é o melhor do Brasil, da América Latina, está entre os melhores do mundo, disparado. Se a gente tem um CT tão bacana, porque não pensamos nesse CT, para também, trazer recursos para o Atlético? Por que não ? A gente tem tantos CTs, ou Arenas, que são visitáveis, que isso trás retorno financeiro, e o nosso CT é tão legal. Então, surgiu uma ideia, do que poderíamos fazer no CT, para termos equipamentos para isso.
O arquiteto disse, que a proposta para a Cidade do Galo, é de um reforma geral, em todo o complexo, visando dar condições para a visitação do público.
À partir dessa ideia, eu parti, para uma proposta de fazer um grande Master Plan. Eu não pensei num pedacinho do CT, eu pensei no CT como um todo. E ai, dentro do que é o complexo do CT, é que enxergamos algumas possibilidades. Por exemplo, na Arena MRV você tem um Centro de Experiência, porque você não pode entrar no CT, é ter um Centro de Experiência também ? Onde, você tem a loja que você pode comprar, você tem uma lanchonete, os equipamentos. E o que seria o circuito ? Seria você pegar, que seja um carrinho de golf, alguma coisa, e dar uma volta no CT, em dias obviamente, determinados para visitação, para que as pessoas, também possam conhecer o Centro de Treinamento. Porque, tem muita gente que tem curiosidade de conhecer. E isso trás receita para o Atlético.
A reforma irá desde a portaria, até a criação de novo Centro de Excelência para o time profissional, como relata Bernardo.
A gente fechou o conceito como um todo, e aí vai, desde a reforma da portaria, junto com a portaria, tem a ideia de colocar esse Centro de Experiências, com a loja, e com venda de souvenir. E depois, nós vamos fazer um retrofit na Base. Tem que dar um tapa ali na Base também. A ideia é de fazer um novo Centro de Excelência, lá no campo 5, 6 e 7, que são os campos lá de cima. A ideia é pegar o profissional que treina hoje no campo 1, e levar o profissional todo lá para cima. Isso é uma coisa fantástica, que nós estamos fazendo.
Bernardo fez questão de salientar, que vários profissionais do clube, estão sendo ouvidos, para que a reforma saia da melhor maneira possível.
Nós estamos fazendo um novo Centro de Excelência, que onde os jogadores tem a sala de musculação, a parte de fisioterapia, etc, com coisa de altíssima qualidade. E o melhor, todos do Atlético, estão sendo ouvidos. Então, sentou todo mundo que entende de CT, dentro do Atlético, para que a gente pudesse fazer, aquilo que eles entendem, que são os caras que entendem de Atlético, do dia a dia dentro do Centro de Treinamento.
Após a reforma da portaria, e a criação do Centro de Excelência para o time profissional, segundo Bernardo, o próximo passo do projeto, é uma ampliação do hotel que atende aos profissionais.
Depois vem outras etapas. Depois a gente está querendo dar um tapa no hotel. O hotel, tem necessidade de se fazer mais quartos. A gente vê uma necessidade, do jogador não querer dormir com outra pessoa no quarto. Então, a ideia é que a gente amplie o hotel também. Que possa fazer quartos individuais. Ai vem a reforma do vestiário atual, porque ele vai ficar mais para a Base. Tem toda a parte de visual, que a gente está propondo. Talvez , uma empresa entrar aí também, com o Namerighst do CT, para ajudar a custear isso tudo. No fundo, no fundo, é um trato no CT inteiro. É como se fosse uma grande maquiagem, novas construções, para atender as atuais necessidades do Atlético.
Após detalhar o projeto de reforma da Cidade do Galo, Bernardo destacou, de onde virão os recursos para as obras.
A questão do recurso, é naming rights mesmo. Não é tirar dinheiro do Atlético. É buscar uma empresa para chegar, colocar o nome dela no CT, e essa empresa bancaria o custo, á partir da exposição do nome dela. O que eu sei, é que tem algumas empresas que estão conversando com o Atlético. Isso parece que está bem adiantado, para poder bater o martelo, e a gente começar a fazer as primeiras obras. Está encaminhado.
Ainda não existe uma data determinada para o início da obra na Cidade do Galo. O projeto está sendo concluído, mas as obras dependem da entrada de recursos, com a venda do naming rights da Cidade do Galo.