
FOTO: BRUNO HADDAD / CRUZEIRO E.C.
Os conselheiros do Cruzeiro decidiram pela expulsão do ex-presidente Wagner Pires de Sá do quadro do conselho deliberativo do clube. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, em mais de dois anos após a renúncia do mandatário ao cargo de presidente da Raposa, após uma série de irregularidades e investigações do Ministério Público e Polícia Civil.
Em reunião extraordinária realizada na sede do Barro Preto foram computados 136 votos, sendo 113 favoráveis pela exclusão e 20 contrários. Houveram ainda dois votos nulos e um branco. Wagner Pires de Sá ainda é réu em processo criminal instaurado em 2020 que investiga crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Segundo levantamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPPMG), o prejuízo causado ao Cruzeiro é de cerca de R$ 6,5 milhões. Também são investigados neste processo os ex-dirigentes Itair Machado e Sérgio Nonato, além de mais seis pessoas.
Durante o biênio em que foi presidente (2018/2019), a Kroll, empresa de auditoria, investigou as contas do Cruzeiro e chegou ao número de quase R$ 1,2 bilhão em despesas. O déficit apontado no balanço patrimonial do clube no ano de 2019 foi de R$ 394 milhões, um valor 539% maior do que o acumulado em 2018.
Vale ressaltar que tal expulsão se dá apenas do quadro de conselheiros. O ex-mandatário segue como associado do clube, podendo frequentar suas instalações e usufruir de tudo que as instalações do clube social oferecem.