
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
O trâmite de aquisição do Cruzeiro pelo ex-jogador Ronaldo está em seus ritos finais. Prestes a se tornar, oficialmente, sócio majoritário do clube, Ronaldo dialoga com membros do conselho da associação, medidas a serem tomadas para concluir o processo de diligência, que analisou e constatou diversas situações e cuidados que não estavam previstos inicialmente.
Os pontos principais da diligência e que necessitam de maior atenção, segundo apuração realizada pela nossa reportagem, diz respeito às dívidas com outros clubes, que podem gerar punições de ordem esportiva ao Cruzeiro, como a impossibilidade de registrar novos atletas (transfer ban) ou até o rebaixamento de divisão no Campeonato Brasileiro e também a dívida tributária, negociada na última gestão.
A dívida tributária foi um acordo realizado pelo Cruzeiro em outubro de 2020 junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Após perder os benefícios do PROFUT, foi este o acordo que garantiu ao clube certa estabilidade e evitava problemas como bloqueios e execuções judiciais desta natureza. Na ocasião, a dívida que chegava próximo aos R$400 milhões, foi reduzida a R$178 milhões e parcelada em 60 meses. Para manter este benefício com a PGFN, o clube precisa pagar rigorosamente as parcelas.
Ainda dentro do que nossa reportagem apurou, a equipe que trabalha na diligência quer que essa dívida também seja assumida por Ronaldo, mas para isso acontecer, algumas garantias seriam necessárias. A ideia é que os dois principais centros de treinamento (Toca da Raposa I e II) sejam incorporados e passem a ser patrimônios da SAF e não mais da associação.
Para que essas mudanças aconteçam, é preciso uma nova reunião do conselho deliberativo do clube, para votarem se aprovam ou não, a incorporação das Toca da Raposa I e II como patrimônios da SAF.