As tratativas do Cruzeiro buscando repatriar Ricardo Goulart seguem a todo vapor, conforme noticiado anteriormente aqui no Deus me Dibre. As últimas informações indicam uma proposta realizada ao Guangzhou Evergrande de 16,5 milhões de Euros – cerca de 72 milhões de reais – e um salário que chegaria a um valor de até R$1,7 milhão por mês, dependendo dos objetivos alcançados. A informação também foi noticiada pelo repórter Thiago Fernandes, do portal de esportes do UOL. Contudo, os chineses não avançaram as negociações. De certo, só o ímpeto de Itair Machado, vice-presidente de futebol do Cruzeiro, que tem o sonho de contar com o meia-atacante de 27 anos, bicampeão brasileiro com a raposa nos anos de 2013/14.
Que seria uma grande contratação e um ótimo reforço, é inegável. O ponto é: Goulart vale isso tudo? É mesmo um risco necessário para a saúde financeira do Cruzeiro? Vale lembrar que o mesmo vice-presidente contesta a todo momento as dívidas e as finanças deixadas pela gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares.
Além do valor alto e irreal para os padrões brasileiros, muito se contesta sobre as carências do time e se Ricardo Goulart chegaria para resolver esses problemas. Vale lembrar que, hoje, o Cruzeiro precisa muito mais de um centroavante e um ponta, uma vez que das principais contratações de início do ano, Fred e David praticamente não jogaram por conta de lesões.
Em contrapartida aos questionamentos fica a certeza de que, em campo, Goulart seria um diferencial enorme. Jogador de muita técnica, com ótima visão de jogo, bom passe, boa presença na área e boa finalização. Além de trazer um currículo vitorioso e uma boa fase que o tornou ídolo também em terras orientais. O técnico Mano Menezes teria que achar um lugar para o jogador no time: Goulart é um jogador que chegaria para ser titular inquestionável em qualquer time do Brasil.
Analisar o custo x benefício de um jogador que ainda não veio é complicado, mas o exercício imaginário é possível. Goulart vale o preço, mas para se pagar, o Cruzeiro precisaria de ganhar ao menos um grande título por ano, uma vez que seu custo anual nos termos apresentados seria de R$30 milhões – sem contar o valor do passe.
Torcemos para que Itair Machado e o presidente Wagner Pires de Sá saibam o que estão fazendo. Goulart é um sonho constante da torcida celeste, mas trazer o jogador como medida populista ou apenas para inflar os ânimos não é algo que uma gestão com o discurso de resguardar a saúde financeira do clube faz.
Enquanto isso, ficamos na torcida pelo reforço!