Luvannor exalta torcida do Cruzeiro e comenta sobre trajetória na Moldávia e mudança de posição

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.

Herói do Cruzeiro no duelo diante do Londrina, quando balançou as redes aos 20′ após assistência de Edu em jogada que ambos pressionaram e induziram o goleiro adversário ao erro, Luvannor concedeu entrevista coletiva na Toca da Raposa e falou sobre carreira, emoção de marcar seu primeiro gol pelo Cruzeiro no Mineirão e os desafios de enfrentar a Série B com pouco tempo para treinar.

Em 2011, aos 21 anos, o jogador se transferiu para o Sheriff Tiraspol, da Moldávia, onde ganhou reconhecimento. Em 118 jogos, marcou 55 gols e deu 21 assistências entre 2011 a 2014 e durante sua segunda passagem, em 2021. Luvannor explicou que foi lá que passou a atuar como ponta esquerda, deixando de ser lateral.

“Comecei e fui pra fora como lateral-esquerdo. Era muito ofensivo e conseguia fazer gols em amistosos, aí o treinador decidiu pela minha qualidade ofensiva ser tão boa e estar fazendo mais gols que os atacantes, então ele optou em me colocar como ponta esquerda e foi aí que as coisas começaram a dar certo para mim”, explicou.

Onze anos depois de sair do Brasil, o atacante pôde voltar a marcar em território nacional, no último jogo contra o Londrina, sua segunda partida pelo Cruzeiro, a primeira como titular. Destacou a emoção de ver o Mineirão pulsando e vibrando com o gol e a confiança que estava sentindo de que conseguiria balançar as redes.

“Fiquei muito feliz pelo gol. Quando vi a bola balançando a rede, a explosão da torcida é contagiante. O que cabe a nós é correr por eles dentro de campo. É uma energia surreal, aquela nação azul é lindo de se ver. A confiança aumenta para o próximo jogo, o grupo está focado, é um jogo muito importante para termos uma sequência de vitórias e seguir nesse caminho“, destacou.

O jogador também foi questionado sobre atuar junto com Edu, artilheiro da equipe com 11 gols em 14 jogos e que retornou de lesão no duelo diante do Londrina. Escalado inicialmente como ponta esquerda, Luvannor passou a atuar como centroavante no segundo tempo e depois ao lado de Edu revezando na referência. O atleta explicou que ainda não havia treinado junto com o artilheiro e destacou que o entrosamento virá com os jogos.

Desde o dia que cheguei ainda não tive um treino com o Edu presente. Quando cheguei fiz minha preparação física a parte e quando fui pro grupo o Edu estava no DM. Foi minha primeira participação junto com ele em campo. Falta um pouco de entrosamento, mas jogo a jogo vamos se adaptando e entendendo um ao outro. O importante é estar sempre disposto para ajudar.

Luvannor também falou sobre seus aprendizados fora do país e as diferenças que percebeu entre os estilos de jogo aplicados em cada local. Aproveitou para lembrar com carinho de Caio Júnior, técnico que faleceu no acidente aéreo da Chapecoense, em 2016, com quem trabalhou nos Emirados Árabes, em 2014, defendendo o Shabab Dubai.

“Sai muito novo, me profissionalizei quando tinha 18 anos. Meu primeiro time profissional foi o Paranoá, de Brasília, onde joguei o estadual. Depois tive passagem por alguns outros clubes e não tive sucesso. Aí surgiu a oportunidade de ir pra Moldávia, onde pude mostrar minhas qualidades. Aprendi muito com os treinadores estrangeiros e com brasileiro só tive a oportunidade de trabalhar com o Caio Júnior, que foi um pai pra mim no meu começo na Arábia Saudita. O futebol fora do Brasil é muito dinâmico e com intensidade. No Brasil tem mais a individualidade e o improviso. O professor Paulo pede muito intensidade, que é bem parecido com o nível de jogo fora do Brasil”, comentou.

O jogador também reconheceu que o time não vem jogando um grande futebol, mas lembrou que muitos jogadores acabaram de chegar e ainda estão buscando entender o estilo de jogo aplicado pelo técnico Pezzolano, num momento de pouco tempo para treinamentos.

Temos um plano de jogo que o professor propõe para nós e estamos nos adaptando, dando nosso máximo porque não temos muito tempo para trabalhar, tem jogadores novos que chegaram recentemente sem tempo para trabalhar, gerando aquela falta de entrosamento e entendimento em campo. Até que a gente possa engrenar o importante é somar pontos, que é o mais importante.”

O Cruzeiro volta ao campo no próximo sábado, às 19h, para enfrentar a Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó. Uma vitória pode devolver a equipe ao G4 da Série B, já que após a vitória do Grêmio sobre o Operário a Raposa caiu para 5º, pois perde no saldo de gols (2 a 0).

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