Pezzolano reconhece jogo ruim e explica sobre o time jogar “sem tensão” após o acesso

Compartilhe

FOTO: STAFF IMAGES

O Cruzeiro foi derrotado pelo Sport nesta tarde de domingo, na Ilha do Retiro, pela 34ª rodada do Brasileiro, encerrando uma invencibilidade de 16 jogos. O jogo foi marcado por uma postura diferente do time em campo. Para aqueles que se acostumaram a ver um time intenso, pressionando sem a bola e correndo o tempo todo, o primeiro tempo foi diferente do habitual. Com um time mais posicional e menos combativo, o Sport conseguiu de início abrir uma diferença no placar se aproveitando de erros da Raposa.

Durante a entrevista coletiva, Pezzolano reconheceu o jogo ruim da equipe e atribui parte desse tropeço ao “alívio” de pressão que o time vem sentindo após cumprir o objetivo do acesso e também do título da Série B, atribuindo a dificuldade e a pressão que a temporada exigiu para que a principal meta fosse atingida:

“Contra o Ituano com intensidade e deixou tudo. Hoje uma equipe aproveitou da bola parada, aí desestabilizou. Primeiro tempo não foi bom mas o segundo foi. Quase empatamos o jogo, aí chega um gol deles quando estávamos melhores. Acontece no futebol, não tenho nada contra os jogadores, que fizeram um ano perfeito. Eles estão liberando essa tensão, não é fácil jogar e ser treinador do Cruzeiro. É um time que tem que ganhar tudo e conseguimos. Nesses momentos que acontecem isso, mas queria que fosse ganhando. Fico bravo, mas por dentro fico tranquilo e orgulhoso de todos aqui dentro.”

O técnico também comentou sobre a diferença da postura principalmente anímica dos times que ainda brigam pelo o acesso. O Sport está na quinta colocação e disputa diretamente com o Vasco a última vaga para retornar à Série A. Dessa forma, a intenção do técnico foi poupar jogadores desgastados ou que não estejam com a cabeça totalmente focada para o jogo, dando prioridade aos jovens da base. O volante Mateus Xavier fez sua estreia entre os profissionais.

“Fizemos um mau jogo. Primeiro tempo muito ruim, jogamos muito mal. Segundo tempo foi melhor, mas não deu. Tem equipes que estão jogando tudo, dando mais de 100% pelo acesso. Parabéns ao Sport, ganhou e jogou bem. Vou vendo também os jogadores, quem está cansado prefiro que não viaje nem fique no banco. E depois tenho os garotos que estou vendo todos os dias e estão treinando muito bem. Então em vez de escolher um jogador cansado, que a cabeça não está 100%, prefiro ter um menino que estará aproveitando a oportunidade.”

Pezzolano também comentou sobre sua postura inconformada quando perde um jogo. Apesar do revés, fez questão de enaltecer a entrega dos jogadores ao longo da temporada:

“Se olhar superficialmente, somos os melhores, campeões, subimos, devolvemos um gigante como o Cruzeiro à Série A. Mas, obviamente, como já falei, é um problema meu, que pode ser virtude ou não, mas gosto de ganhar todo jogo. Fico assim quando perco no futebol. Vou pro vestiário, não falo com ninguém e vou pra casa. Pronto. Gosto de competir na vida, então fico bravo por isso. Os jogadores estão dando tudo, foi um ano muito duro psicologicamente. Muitos compromissos, deram mais do que podiam dentro e fora de campo, é como se quando abre uma garrafa e acontece um alívio.”

Agora o Cruzeiro volta suas atenções para o duelo contra o Vila Nova-GO. O jogo será na próxima sexta-feira (14), no Oba, às 20:30h.

Compartilhe