Números finais: o Cruzeiro de 2022

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FOTO: THOMÁS SANTOS / STAFF IMAGES / FLICKR / CRUZEIRO

Uma temporada no mínimo marcante. O Cruzeiro de 2022 se mostrou uma equipe que vai ser lembrada por muito tempo na história do clube. Seja pelas mudanças no extracampo com a chegada de Ronaldo Fenômeno à frente da SAF, a intensidade do time de Paulo Pezzolano dentro de campo ou a campanha emblemática do acesso e do título da Série B. O Cruzeiro fez por merecer viver esse momento histórico e os números dão o contexto de tudo isso.

A equipe comandada por Paulo Pezzolano se distingue em dois momentos na temporada. A equipe que começou e terminou o estadual, superou um início ruim da Série B do Campeonato Brasileiro e, com a troca de esquema tático, fez uma brilhante campanha de muita entrega e luta na primeira metade do campeonato. E uma outra equipe, já mais estável e confortável na tabela de classificação, que ganhou alguns reforços na janela de transferências e conseguiu o acesso mais antecipado da história da segunda divisão.

Só de atletas que atuaram no sub-20 em 2022, mas também tiveram espaço no elenco principal, foram 16 jogadores. Alguns, fazendo sua estreia no futebol profissional. A necessidade de contar com a base e sua importância ficou evidente no número de jogos de atletas como o lateral Geovane e o meia Daniel Jr., que atuaram em 39 e 38 jogos, respectivamente, com a camisa do Cruzeiro.

Outro ponto importante e que pode ser refletido através dos números, é a solidez defensiva da equipe do técnico Paulo Pezzolano. Nenhum outro setor no elenco teve tanta estabilidade como o gol e a zaga celeste. Rafael Cabral foi o recordista de atuações, com 54 partidas disputadas. Na sequência, o trio de zagueiros formado por Eduardo Brock, Lucas Oliveira e Zé Ivaldo mostra que terminar o ano com apenas 48 gols sofridos (a melhor defesa da Série B, com 26 gols contra) é reflexo de que o entrosamento e o entendimento daquilo que é trabalhado no dia a dia, é fundamental para uma equipe vencedora.

Não dá pra falar de números, sem falar de um jogador específico: Edu. O artilheiro do Cruzeiro na temporada fez incríveis 22 gols na temporada. Decisivo, Edu foi o símbolo de um Cruzeiro resiliente, que entendia seus limites – e a necessidade de superá-los – para buscar responder aos anseios do torcedor. E a artilharia, por mais que solto seja um número que possa não representar o sucesso coletivo de uma equipe, mostra que o faro de gol foi determinante na temporada. 

Das 20 partidas que Edu marcou, apenas em seis partidas o Cruzeiro ganhou por mais de dois gols de diferença. Decisivo. Impactante.

Ao todo, o Cruzeiro atingiu uma marca que pode ser considerada “alta” de atletas utilizados na temporada. Foram 59 atletas durante todo o ano, o que poderia indicar um problema de montagem no elenco e excesso de erros, mas que, na verdade, aponta uma correção de rota do que vinha sendo praticado em anos anteriores, junto à necessidade de contratar novas peças e utilizar jogadores provindos das categorias de base.

O clube terminou o ano de 2022 com 34 jogadores listados no elenco profissional. Para 2023, o departamento de futebol do Cruzeiro já deixou claro que a ideia é utilizar um elenco com menos peças, já que em alguns momentos da temporada, a equipe chegou a ter quase 40 atletas. O objetivo será contratar menos, mas elevar o nível de competitividade da equipe, com um elenco que tenha entre 25 a 28 atletas, com espaço para poder contar também com jogadores da base.

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