
FOTO: MARCO A. FERRAZ / CRUZEIRO
Um dos nove reforços contratados pelo Cruzeiro até o momento para a temporada de 2023 que marca o retorno do clube à Série A, o meia-atacante Nikão participou de entrevista coletiva nesta quinta-feira na Toca da Raposa II. Natural de Montes Claros-MG, o jogador revelou no seu anúncio a relação próxima com a Raposa devido a ser cruzeirense quando criança.
Durante a entrevista, o meia-atacante falou sobre a boa relação com Paulo André, braço direito de Ronaldo Fenômeno no futebol tanto na SAF do Cruzeiro quanto do Valladolid e destacou o esforço feito pelo clube para que sua chegada fosse concretizada diante de uma negociação que não foi simples junto ao São Paulo:
“É uma alegria imensa poder vestir essa camisa, meus familiares quase todos são cruzeirenses. Fico feliz por poder estar aqui, ter recebido o convite do Paulo André, com quem trabalhei no Athlético. Uma negociação que não foi tão simples, mas com o empenho de todos os dirigentes do Cruzeiro junto com os do São Paulo deu tudo certo. Estou muito feliz, as vezes nem acredito que estou aqui e que aquele menino novo, que correria nas ruas quando o Cruzeiro era campeão, principalmente em 2003, podendo estar aqui hoje vestindo essa camisa.”
O jogador também aproveitou para falar sobre os motivos que o fizeram deixar o São Paulo após apenas uma temporada. Citando questões familiares, destacou que não havia problema de relacionamento com o técnico Rogério Ceni e que a decisão – da saída – ocorreu após uma conversa com seus empresários, entendendo que no momento o melhor era uma transferência:
“Minha saída do São Paulo não foi porque eu tive problema com o Rogério, que ele não contava mais comigo. Pelo contrário. Foi um cara que a gente sempre se respeitou, nunca tivemos qualquer tipo de problemas e a minha saída do São Paulo foi por uma questão familiar. Não estava conseguindo ter cabeça para estar no treinos, nos jogos, e sabendo que a minha família não estava bem, conversei com meus empresários e achou que essa era a melhor saída, de deixar o clube nesse momento, pela saúde da minha família, pela alegria novamente deles. Não tem nada haver com a Instituição, torcida ou dirigentes. Sempre tive respeito e profissionalismo de todos do clube.
Relacionamento com o técnico Pezzolano
Nikão também falou sobre suas primeiras impressões com o “profe” Paulo Pezzolano, destacando seu perfil linha dura na hora da cobrança, porém de parceria com os jogadores:
“Em relação ao “profe”, como eu chamo ele (o técnico Pezzolano). Mesmo com poucos dias temos nos dado super bem, ele cobra muito mas também abraça o jogador, com ideias claras e aquilo que imagino e penso como futebol. Tenho trabalhado e me esforçado, quanto a posição que eu vou jogar ou não, fica com a comissão. Tenho certeza que ele utilizará cada jogador da melhor maneira possível de acordo com aquilo que ele pensa.”
O jogador ratificou sua motivação em defender o Cruzeiro e o compromisso de lutar para que o clube esteja bem colocado em todas as competições que disputar:
“Um Nikão muito motivado, que não aceita perder, tem dificuldade com a derrota e se cobra muito. Que vai fazer o máximo para que o Cruzeiro esteja no mais alto possível em todas as competições, procurar o máximo potencializar aqueles que estarão a minha volta, todos os atletas, seja em termos técnicos ou conversando, estou aqui para ajudar.”
Além dos problemas familiares citados pelo jogador, as lesões também foram um dificultador a mais no São Paulo. O jogador acabou ficando de fora de mais de 43% dos jogos da equipe em 2022, conforme levantamento divulgado pelo Globoesporte em outubro. Ao ser questionado sobre isso, Nikão falou sobre oscilações que ocorrem em todas as profissões, mas que sua chegada ao Cruzeiro é rodeada de muita motivação, entendendo também o esforço do clube me trazê-lo:
“Todos os jogadores tem alguns momentos não tão bons em nossas profissões, seja ela qual for. Infelizmente as coisas não aconteceram da maneira que imaginei, tive algumas lesões que atrapalham todo um processo, mas não posso ficar me lamentando e colocando na minha cabeça que as coisas não deram certo. Naquele momento, as situações e circunstâncias não aconteceram. Chego no Cruzeiro muito motivado, sei porquê fui contratado, sei do esforço grande e da minha capacidade para estar no Cruzeiro, então pode ter certeza que vou fazer o máximo.”