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O Atlético deverá anunciar nos próximos dias, mais um reforço para a temporada. Trata-se do volante argentino Rodrigo Battaglia, 31. O jogador que estava defendendo o Mallorca-ESP, deverá desembarcar em Belo Horizonte no início da próxima semana para passar por exames e assinar contrato com o clube mineiro.
Battaglia chega ao Galo para suprir uma carência atual no elenco. Com a venda de Jair e a lesão de Allan, o técnico Eduardo Coudet ficou apenas com Otávio como opção para a vaga de 1º volante.
Se aprovado, o argentino firmará contrato com o Atlético até o final de 2024. A notícia do negócio entre Galo e Battaglia foi dado em primeira mão pelo Marca, da Espanha, e confirmado pela reportagem.
Carreira
Rodrigo Battaglia apareceu para o futebol argentino em 2011, jogando pelo Huracán. De lá ele acabou se transferindo para o Racing, antes de partir para o futebol europeu. O volante foi contratado pelo Braga-POR em 2014 e no mesmo ano foi emprestado para o Moreirense-POR. Voltando ao Braga no ano seguinte, acabou sendo emprestado mais uma vez, voltando para a Argentina para atuar pelo Rosario Central. Após 5 meses em terras “hermanas”, o jogador volta para Portugal, onde atua em 5 temporadas, por Braga, Chaves e Sporting.
Saindo de Portugal, Battaglia acabou indo parar na Espanha, onde atuou nos últimos anos por Alavés e Mallorca, seu último clube.
Distante dos holofotes dos torcedores brasileiros, o portal Deus Me Dibre entrevistou 3 jornalista para entender um pouco mais sobre as características do jogador; Joza Novalis, especialista em futebol sul-americano; Tomás da Cunha (POR), comentarista da Eleven Sports (canal esportivo em Portugal) e TSF Rádio; Luís Cristóvão (POR), jornalista do SIC Notícias e Rádio Antena 1 de Portugal.
Joza Novalis – Passagem nos clubes argentinos

Início
(O Battaglia) Foi um dos volantes com o maior potencial na América do Sul, quando surgiu. Está no Mallorca. Muito bom marcador. Recupera a bola e sabe o que fazer com ela.
Ponto forte
Bom marcador e que sabia sair jogando com segurança e com qualidade no passe, quando dele necessitava para aliviar as coisas no terço inicial.
Ponto fraco
Confiança excessiva o levava à desatenção em vários momentos. Certa soberba também sem a bola, o que não o levava a cortar linhas de passe e o obrigava a aumentar a carga no bote e fazer faltas desnecessárias.
Tomás da Cunha – Carreira em Portugal

Características
É um médio de características defensivas, que vive da agressividade sem bola para pressionar e recuperar. Cresceu assim no futebol português. Jorge Jesus valorizava-o bastante, desde cedo. No entanto, teve uma lesão muito complicada que me parece que o fez perder mobilidade e velocidade na movimentação.
Formação de Coudet
Deverá jogar em uma das duas posições por dentro do losango de Coudet. Não vejo que possa desempenhar o papel de meia que baixa para ser construtor.
Característica físicas
Tem muita força. É um jogador altamente combativo. Quanto à velocidade, perdeu um pouco depois de uma lesão grave que sofreu.
Ponto fraco
É um médio com pouca chegada à área e sem argumentos no remate de meia distância. Os números de carreira são muito baixos. Tem limitações quando é pressionado pelas costas e não oferece muitas soluções ao nível do passe.
Luís Cristóvão – Carreira em Portugal
Início em Portugal
No Chaves, um clube menor, ele se caracterizou por ser um médio mais ofensivo, ou seja, procurava ter mais a bola, chegava mais na área. Era um meia mais pelo centro. Ele tinha mais liberdade para ir ao ataque e tentar acrescentar ao ao setor. Mostrou boa técnica, boas tomadas de decisão. Um jogador interessante.

Evolução
Ele foi evoluindo e acabou jogando por equipes melhores, como o Braga e depois o Sporting. Nas duas equipes foi o mesmo perfil que atuando na Espanha, jogando mais recuado no meio campo. Mantém a característica de ser um jogador que ajuda a equipe na saída de bola.
Características
Fisicamente é um jogador imponente, jogador bom com a bola. Neste momento não posso garantir que vá ser um bom jogador quando o assunto é mobilidade. Não é muito rápido, mas é um médio com muita experiência em um nível relativamente alto aqui na Europa.
Conclusão
Em um futebol que tendencialmente tende a ser mais lento como costuma ser o Brasileirão, pode se valorizar pelos seus pontos forte e esconder um pouco os seus pontos fracos.