FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR / CRUZEIRO
O ex-diretor jurídico do Cruzeiro na gestão de Wagner Pires de Sá, Fabiano de Oliveira Costa, foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª região, de Belo Horizonte, a ressarcir o clube em R$240 mil. A sentença veio após o clube recorrer e conseguir a nulidade do processo do ex-diretor contra a associação.
A nossa reportagem teve acesso aos autos do processo, onde o colegiado de desembargadores entendeu, entre outros pontos, que cabia a nulidade do processo, além de diminuir o valor da causa, inicialmente estipulado em mais de R$795 mil, para R$300 mil. Houve, também, a tentativa do ex-diretor de colocar a SAF do Cruzeiro como solidária no processo, igualmente sem provimento pelos desembargadores.
Parte do texto da sentença, publicada na última terça-feira (11), diz que:
“Fica reduzido o valor arbitrado à condenação para R$3 00.000,00, com custas de R$6.000.00, a cargo do primeiro réu. Quanto à reconvenção, fixo o valor da condenação do autor em R$240.000,00.”
O processo, chamado de reconvenção, acontece quando o réu (no caso o Cruzeiro) propõe ao autor (o ex-diretor) uma nova ação dentro da mesma ação em que está ocorrendo o processo. Fabiano buscava acertos de verbas rescisórias com o clube e chegou a ter sentença favorável em primeira instância.
Vale ressaltar que o ex-diretor, Fabiano de Oliveira Costa, foi um dos nomes investigados pela Polícia Federal durante a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá. Entre os possíveis crimes, o desvio de recursos do clube para possíveis favorecimentos judiciais, envolvendo também conselheiros do clube.
Fabiano de Oliveira Costa trabalhou no Cruzeiro durante a década de 90, quando o clube ainda era comandado pela família Perrella e só foi desligado em janeiro de 2020, após a série de escândalos envolvendo o clube e possíveis dirigentes corruptos, que chegaram a ser denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais.