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O centroavante Henrique Dourado, de 33 anos, está de volta ao Cruzeiro para sua segunda passagem após um curto período em que esteve no clube em 2015, quando participou de 11 jogos e marcou um gol. Décimo oitavo reforço da temporada, o jogador chega para disputar posição com Gilberto na referência de ataque, que até agora marcou apenas três vezes pela Raposa, todos na partida contra o Vila Nova-MG, e não balança as redes há dois meses.
Em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (20), na Toca da Raposa II, o jogador mostrou satisfação em retornar ao clube, falou sobre suas condições físicas, já que não entra em campo desde agosto do ano passado, e das impressões do trabalho do técnico Pepa. Confira:
Retorno ao Cruzeiro para segunda passagem:
“Primeiramente, pela grandeza do clube e projeto que vem se estabelecendo. Tínham algumas outras situações, mas essa foi a que vi com bons olhos. Tive uma passagem aqui sem tanto destaque, meus concorrentes naquela altura estavam muito bem e não tive uma sequência muito boa. Está aí uma nova oportunidade, um novo elenco, novas ideias. Estou mais maduro e experiente, espero poder dar muitas alegrias ao torcedor.”
Condição física após longo período inativo, pela punição no futebol chinês e treinando sozinho:
“Esse espaço sem atuar em nenhuma partida, fiquei um bom tempo sem treinar, até para descansar minha mente. Uns três meses atrás comecei a me preparar, começando a me condicionar desde nutricionista à preparadores físicos. Isso é primordial para um atleta. O que vai me faltar com o passar dos dias, treinamentos, é o contato com o ritmo de jogo, de treino, o contato com os adversários. Não é fácil, mas o mental que vai direcionar a colher coisas boas. Tudo que venho plantando nesse tempo parado, principalmente o mental, a adaptação agora será mais fácil.”
Mudanças em relação a primeira passagem para agora:
“A maturidade, experiência no decorrer dos anos. Tudo são fases e ciclos na vida de um atleta. Desde a minha primeira passagem no Cruzeiro, alguma lição eu carreguei para minha carreira. Naquele momento que sai dei uma deslanchada em outros ares, pude ser artilheiro em algumas equipes que passei depois. Volto mais maduro, é importante na vida do atleta aprender conforme o passar dos anos.”
Disputa de posição com Gilberto:
“Gilberto é um artilheiro também, um finalizador. Joguei junto com ele na Portuguesa (2013), creio que com a minha chegada, não só o Giba como nossa linha de frente, me incluo nisso, estamos buscando e vamos encontrar uma solução para que a gente volte não só a um ter destaque, mas todos em busca de um só objetivo que é conquistar as vitórias dentro de campo. Será uma disputa sadia, é importante ter alguém no seu retrovisor, mantendo a corda sempre esticada para não deixar de dar o seu máximo. Quem tem a ganhar é o Cruzeiro.”
Trabalho com o técnico Pepa e comparação em relação ao futebol chinês:
“Deu pra ver que ele gosta um treino muito intenso para que no jogo as coisas se tornem mais fácil. A comparação (com a China), tive uma comissão espanhola na China, então os trabalhos não mudam muito. As ideias eram praticamente voltadas ao futebol europeu que tentavam implantar na China. O tempo de treinamento, talvez seja menor, o calendário tinha um espaço maior para os atletas recuperarem. De resto não tem muita diferença.”