O Cruzeiro de 2023 em números: oscilação, baixo aproveitamento e quem mais entrou em campo

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O Cruzeiro encerrou sua temporada de 2023 com mais baixos do que altos, refletindo um ano marcado pela oscilação de desempenho e pela busca por estabilidade em todas as competições que disputou. Com uma série de mudanças no elenco e nas comissões técnicas, a Raposa enfrentou desafios ao longo do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileirão.

Números gerais:

O ano viu um enxugamento de atletas utilizados em relação ao ano de 2022. Ao todo 43 jogadores foram utilizados nesta temporada e somaram alguns minutos em campo, o números é bastante contrastante em relação ao de 2022, quando 59 jogadores foram utilizados.

O principal destaque é, sem dúvidas, o artilheiro Bruno Rodrigues. Foram 13 gols marcados ao longo do ano, se destacando também nas assistências, sendo o líder do indíce com 7 passes diretos para gol.

Apesar dos números de destaque do BR9, o ataque foi, de longe, o grande problema da Raposa na temporada. Em 53 jogos disputados (52 por competições oficiais e 1 amistoso), o Cruzeiro marcou 53 gols, mantendo a média de apenas 1 gol por jogo. Na contramão do baixo desempenho ofensivo, temos a defesa que sofreu apenas 48 gols e terminou o Campeonato Brasileiro de 2023 como uma das melhores do torneio, empatada em primeiro lugar, junto a do rival Atlético (apenas 32 gols sofridos).

Desempenho nas competições:

Os problemas da equipe na temporada se refletem nos números a seguir: com baixo aproveitamento em todas as competições disputadas, o Cruzeiro não conseguiu terminar o ano com aproveitamento igual ou superior a 50% em nenhum torneio.

No Campeonato Mineiro, com 3 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, somada à eliminação nas semifinais para o América-MG resultou em um aproveitamento de apenas 40%. Na Copa do Brasil, após superar o Náutico, a eliminação nas oitavas de final diante do Grêmio resultou em um aproveitamento de 33,33%, com 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas.

No Brasileirão, principal e mais longa competição do ano, a batalha contra a zona de rebaixamento se deu, principalmente, pelo excesso de empates que tiraram pontos importantes da Raposa: foram 11 vitórias, 14 empates e 13 derrotas, culminando em um aproveitamento de apenas 41,22%. É preciso ressaltar que o aproveitamento geral, de 41,5% em 53 gols (16 vitórias, 18 empates, 19 derrotas) leva em conta o amistoso contra o Red Bull Bragantino, disputado em março, que terminou com vitória da Raposa por 3 a 2.

Comissões técnicas e mudanças no comando:

Ao longo do ano, quatro comissões técnicas passaram pelo comando do Cruzeiro. Campeão da Série B em 2022, o uruguaio Paulo Pezzolano iniciou com prestígio, mas acabou encerrando sua passagem ao final do Campeonato Mineiro, registrando apenas os 40% de aproveitamento já citado.

Para substituir Papa, o Cruzeiro contratou o português Pepa, que liderou a equipe na Copa do Brasil e em todo o primeiro turno do Brasileirão. Pepa, que foi demitido na 21ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, alcançou um aproveitamento de 41%, sendo o técnico que mais treinou a equipe no ano, com 26 jogos (8 vitórias, 8 empates e 10 derrotas).

Após enfrentar uma sequência de 7 jogos seguidos sem vitórias, Pepa foi descontinuado e para o seu lugar, trouxeram Zé Ricardo, que assumiu a equipe na 23ª rodada do Brasileirão. Zé Ricardo ficou à frente do time por apenas 10 jogos e tendo um aproveitamento de 36,7% (3 vitórias, 2 empates e 5 derrotas).

A temporada encerrou, de forma positiva, com a dupla Paulo Autuori e Fernando Seabra. O diretor técnico junto do técnico do Sub-20 assumiram a equipe e conseguiram alcançar um aproveitamento de 55,5%, com 2 vitórias e 4 empates em 6 jogos, que garantiu a permanência do Cruzeiro na Série A do Campeonato Brasileiro e uma vaga na Copa Sul-Americana de 2024.

Destaques individuais:

O goleiro Rafael Cabral se destacou como o jogador mais presente, atuando em 52 dos 53 jogos, enquanto Bruno Rodrigues liderou a artilharia. Os 10 jogadores que mais atuaram com a camisa da Raposa nesta temporada, foram:

Rafael Cabral – 52 jogos (48 gols sofridos)
Bruno Rodrigues – 49 jogos (13 gols e 7 assistências)
Filipe Machado – 44 jogos (3 gols e 3 assistências)
Wesley – 43 jogos (4 gols e 2 assistências)
Marlon – 42 jogos (3 gols e 2 assistências)
Luciano Castán – 41 jogos (1 gol)
William – 41 jogos (1 gol e 4 assistências)
Mateus Vital – 41 jogos (2 gols e 2 assistências)
Gilberto – 33 jogos (6 gols e 1 assistência)
Nikão – 32 jogos (4 gols e 3 assistências)

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