Boca Juniors elimina Cruzeiro na Libertadores, que não tem tempo para lamentações

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Foi sofrido e chega a ser desumano pedir racionalidade nesse momento, eu sei. O enredo era de superação, de volta por cima. O jogo teve essa dinâmica, de parecer provável até não ser mais possível. E a gente pode analisar diversos fatores: arbitragem e sua interferência direta em dois jogos, a ineficiência ofensiva do time, a falta de recursos quando se joga com apenas um jogador no ataque, a falta que fez a qualidade de quem se esperava mais.

Saímos, vai doer e adiar um sonho que consome todo torcedor cruzeirense. Mas sentir isso não vai ser possível agora. Temos que esperar pra lamentar.

Vamos chorar essa derrota, esbravejar contra a Conmebol, apontar culpados e analisar a partida daqui há um mês. Não é hora de abaixar a cabeça. Semana que vem tem uma final pra disputar. A gente pula as páginas do caderno, deixa algumas folhas em branco e começa a escrever uma nova matéria: ser bi-hexacampeão da Copa do Brasil.

Semana que vem esse time, que já deixou sua marca na história do Cruzeiro, tem a chance de ser lembrado por tudo que fez nessa final de década. Que a memória seja de um time frio e calculista, decisivo, que não encanta mas ganha! E ganhar é o que importa agora.

A gente deixa pra lamentar a eliminação pro Boca depois. Pra cobrar dos culpados ou analisar os erros mais pra frente. Agora não dá tempo! É o momento de escutar a fala do Thiago Neves na saída do campo, de pegar essa emoção e transformar em vontade, em raça. Engolir o choro entalado na garganta pra gritar. E gritar muito.

Vai ser difícil? Muito. O futebol do time tem deixado a desejar nessas horas, por escolhas do próprio técnico. Mas até essa cobrança, agora, pode ser transformada em motivação. Que Mano Menezes reveja – ou não – seus conceitos e busque dar uma resposta aos seus críticos e eu me incluo nesse meio.

Se existe algo para se levar do jogo de hoje, é a postura da torcida, entender que o Mineirão como estava hoje é o ambiente ideal para fazer a diferença.

Agora, é cabeça no Hexa. Um privilégio que só quem é Cruzeiro pode ter!

 

Foto de capa: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

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