Milito analisa empate e responde questionamento sobre estilo ofensivo do seu time

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O empate em 1 x 1 entre Atlético e Juventude na partida disputada em Brasília, teve sentimentos distintos para as duas equipes. Enquanto o time gaúcho saiu de campo comemorando o resultado, os jogadores alvinegros falaram em “gosto amargo” com o ponto conquistado.

E não foi só os jogadores que tiveram esse sentimento. Na coletiva de imprensa, o técnico Gabriel Milito corroborou com isso:

O sentimento é de que a equipe fez um grande jogo. Claramente, deveria ter vencido a partida pelas situações geradas e pelo volume de jogo. Hoje não tivemos o acerto frente a frente com o gol, mas tivemos muitas situações, muita circulação e recuperação de bola. O primeiro tempo jogamos muito bem, obrigamos o rival a modificar sua estrutura defensiva. Geramos muito perigo com a profundidade do Scarpa e do Arana. Com o 1 a 0, tivemos muitas situações para marcar. Depois eles se defenderam melhor, com uma linha de 5 defensores, 4 meias e apenas 1 atacante.

“No segundo tempo eles recuaram ainda mais em campo, jogando toda a partida em 40 metros. Isso nos gerou muita dificuldade para conquistar a vitória. Estou contente com a equipe, contente com o rendimento, mas faltou ganhar. Se tivéssemos marcado mais um gol, estaríamos falando agora de uma grande partida da equipe. Uma coisa é o rendimento, outra é o resultado”, completou o treinador, falando também do segundo tempo.

Nas últimas partidas, o Atlético acabou tendo a defesa bastante vazada. A última vez que o clube mineiro não sofreu nenhum gol no Campeonato Brasileiro foi na 4ª rodada, na vitória diante do Cuiabá por 3 x 0. Neste momento, ao lado do Vitória, o Galo tem a 2ª pior defesa da competição, com 25 gols sofridos. Apenas o Vasco, com 26, está abaixo.

Entretanto, diante do Juventude, esse não foi um problema. O treinador falou sobre o gol sofrido, mostrando confiança no que foi preparado para o duelo e como a sua equipe praticou isso no campo:

Eu considero a nossa equipe equilibrada. É normal que o rival jogue e em algum lance, possamos perder um duelo e o jogador tenha metros para correr, gerando algum lance de perigo. Mas se analisar como jogou o Juventude diante de outros rivais, como iniciou seu jogo, de maneira muito associativa e hoje eles não conseguiram fazer, mostra que obrigamos a equipe deles, que tem o passe curto, a jogar em bolas longas. Controlamos muito bem esse tipo de lance. Deixamos eles incomodados, com bola e sem bola. Mas é normal, que eles vão conseguir criar algum contragolpe.

Questionado se o seu time não deveria se defender mais, para garantir os 3 pontos, o treinador rebateu:

Se não tivéssemos sofrido o gol, sairíamos com os 3 pontos, claro. Mas se marcássemos mais 2 ou 3 gols, também sairíamos com os 3 pontos. Hoje não (a defesa não foi uma preocupação)! (…) Se a equipe adversária começar a criar 15 oportunidades de gol em um jogo, isso vai nos preocupar. Mas isso não aconteceu, nem contra o São Paulo e nem hoje. Empatando o jogo, não podemos recuar. Pelo nosso estilo, pela grandeza do nosso clube e dos nossos jogadores, temos que assumir esse protagonismo.

O Atlético volta a campo no próximo domingo (21), quando recebe o Vasco, na Arena MRV, às 16h00.

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