Fernando Seabra critica arbitragem, explica Matheus Henrique no banco e fala sobre lição

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Em coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Allianz Parque, o técnico do Cruzeiro, Fernando Seabra, fez uma análise detalhada da partida e criticou a atuação da arbitragem, que anulou um gol do time mineiro após interferência do VAR. Além disso, Seabra comentou sobre a utilização dos reforços e as lições aprendidas após o confronto.

Seabra iniciou sua análise destacando que o cenário do jogo era esperado, com o Palmeiras pressionando com marcação individual. “Nós conseguimos colocar alguns problemas, mas não conseguimos aproveitar e tivemos muita dificuldade em sair jogando. Poderíamos ter usado mais a profundidade. Depois, atrás do placar, tivemos que ajustar e mudar o posicionamento, empurrar o adversário e demorou um pouco, mas depois conseguimos. Equilibramos o jogo e fomos superiores no segundo tempo em boa parte”, avaliou o técnico.

No entanto, a insatisfação do comandante cruzeirense ficou evidente ao comentar sobre a arbitragem.

“A anulação do nosso gol, porque o critério vinha sendo um. O árbitro de campo tem um critério, o árbitro do VAR tem outro. E o árbitro mudou totalmente a forma dele de apitar. E o Palmeiras virou o senhor da partida no sentido de controlar o tempo de jogo, de demorar pra bater todos os tiros livres, laterais e ainda tem um acréscimo de 6 minutos. É muito difícil. A gente lamenta, porque tecnicamente é um bom árbitro, mas acabou tendo essa flutuação de desempenho e se perdendo na partida.”

Sobre a escolha de manter Matheus Henrique no banco de reservas, Seabra explicou que o jogador ainda está em fase de recuperação do ritmo de jogo.

“Não dava pra sair jogando. Jogou 90 minutos a última vez em maio. Teve um mês de férias. No final do último jogo, sentiu o ritmo, mesmo entrando aos 22 do segundo tempo. A gente tem que progredir, fazer com cuidado pra que ele possa desempenhar o melhor dele durante todo o período que tiver em campo e com segurança pra não sentir uma lesão. É como se ele tivesse em pré-temporada. Então, estamos cuidando e vamos continuar nessa forma.”

Seabra destacou a importância de aprender com os erros cometidos durante a partida. “Algumas escolhas, na hora de distribuir, não fomos criteriosos. Teve o lance do primeiro gol, outros lances e o segundo gol é uma questão de definir, tenta sair jogando sem ter clareza e acaba se expondo. É um ponto importante pra gente definir. Acho que esse é um aprendizado importante num jogo competitivo. A gente não pode bobiar. E obriga-los a construir as suas chances e não a aproveitar das oportunidades que poderíamos ter sido mais felizes na decisão. Isso mostra o nível de competitividade que essa equipe (Palmeiras) tem.”

Apesar da derrota, o técnico elogiou a mentalidade da equipe fora de casa.

“A equipe competiu, teve coragem, nesse jogo não foi tão feliz pelo mérito do adversário. Estamos enfrentando o bicampeão brasileiro, projeto longevo, treinador há 4 anos fazendo esse trabalho. Não teve falta de atitude e postura. Poderíamos ter sido mais agressivos no primeiro tempo, mas isso não é comportamental. O resultado de hoje eu não vejo ele nem um pouco relacionado à consistência, mas em relação ao próprio jogo. Empurramos o Palmeiras pra trás, fizemos um gol, também produzimos.”

Sobre os novos reforços, Seabra se mostrou otimista. “Nós estamos muito otimistas com o que os jogadores que estão chegando estão mostrando. Estamos satisfeitos com o crescimento da equipe que iniciou o Campeonato Brasileiro. A dosagem nesse primeiro momento depende muito da construção da forma desportiva desses jogadores, pra suportar esse calendário. Jogadores que jogam na Europa jogam 38, 40 jogos. Aqui se jogam 60… nesse momento a gente precisa progredir essa carga. Eles vão ter maior minutagem e entra uma questão de aumentar o leque de opções. Com a dificuldade que estávamos tendo pra construir, partimos no segundo tempo pra colocar um centroavante. Eles trazem variabilidade tática e estratégica pra equipe.”

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