
O diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, concedeu entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Botafogo, neste sábado (20), no estádio Nilton Santos, pela 24ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O resultado manteve o Galo em um momento delicado da temporada: já são sete jogos sem vitória, sendo cinco pelo Brasileirão, um pela Copa do Brasil e um pela Sul-Americana. Nem mesmo a chegada do técnico Jorge Sampaoli, que completou quatro jogos à frente da equipe (dois empates e duas derrotas), conseguiu mudar o cenário.
Victor reconheceu a fase crítica e apontou a necessidade de reação imediata dentro de campo.
“Momento que o alerta vermelho tá ligado. A performance do time ta aquém do que se espera do elenco que temos. Se fala de elenco, de contratação. Temos o elenco perfeito? Não temos. Talvez 1 ou 2 times no Brasil tenham o que são próximos disso. Trabalhamos na janela do meio do ano pra minimizar essas carências, as contratações foram assertivas. Fato é que a confiança dos atletas ta baixa, não por falta de qualidade, mas por falta de confiança mesmo. Você consegue performar quando tá confiante. É hora de dar resposta dentro de campo, momento demanda isso. Temos o último trimeste pra fechar bem o ano, temos uma sul-americana que é nossa grande possibilidade de título pra temporada e sabemos da necessidade de recuperar no Campeonato Brasileiro. Vamos ter que mobilizar ainda mais, trabalhar, porque nesse momento qualquer erro é fatal. Tivemos um erro hoje e nos custou, como o Sampaoli falou, não fomos contundentes. Era uma possibilidade de conquistar uma vitória fora de casa.”
O dirigente alvinegro afastou a possibilidade de problemas de relacionamento no elenco, negou possíveis problemas financeiros e garantiu que o momento ruim é exclusivamente de desempenho.
“(O time) não está entregando, não é só o torcedor, nós também temos essa avaliação. Não existe, é bom enfatizar, que não existe problema de relacionamento, interno, racha no elenco. Requer trabalho, diálogo, resgatar a confiança a autoestima de jogadores que tem capacidade de decidir jogos. Problemas de relacionamento, financeiros, de não abraçar a ideia do treinador, não existe. Existe um momento ruim, que só depende da gente pra reverter com trabalho.”
Sobre a chegada de Sampaoli – que substituiu Cuca – e a continuidade dos resultados ruins, o diretor ressaltou que a cobrança é constante e que a equipe pode render mais.
“Claro que existe cobrança. A gente está, dia a dia, fazendo isso. Estamos no vestiário, avalia jogo a jogo, onde errou e acertou. A cobrança ela vem de cima pra baixo, mas a autoavaliação de cada um é que todo mundo pode render mais. Sabe que esse time pode jogar muito mais do que vem jogando.”
Questionado sobre a ausência de Cuello, que sofreu lesão, Victor ressaltou o momento em que o clube não poderá recorrer ao mercado, falou sobre a base mas vê solução dentro do próprio elenco:
“A janela tá fechada, a gente não pode buscar ninguém. Temos jogadores de base com projeção, mas tem que respeitar o processo pra não queimar etapas. Sampaoli chegou agora, tem avaliado os jogadores de base, tem jogador com potencial sim. Em dezembro é outra história, já estamos dando início ao planejamento para identificar os movimentos no final do ano. Em relação ao Cuello, a gente lamenta muito, porque é um jogador importante na nossa estrutura, é aguardar o retorno dele e buscar levantar aqueles que estão em condição de jogar para suprir esse momento.”