Anunciado como novo técnico do Cruzeiro para 2026 após a saída de Leonardo Jardim, Tite chega à Toca da Raposa tendo como principal marca em seu currículo um aproveitamento consistente em seus últimos trabalhos. Com números que reforçam sua capacidade de entregar bons resultados, o técnico terá a missão de manter o clube numa crescente competitiva e brigar pelas primeiras colocações do Brasileiro, além do retorno à Copa Libertadores após 6 anos, torneio vencido por Adenor em 2012 com o Corinthians.
No comando do Flamengo, em 2024, Tite dirigiu a equipe em 70 partidas, com 41 vitórias, 13 empates e 16 derrotas, alcançando um aproveitamento de 64,8%. Apesar das oscilações de uma temporada longa e de elevada exigência, o treinador manteve o time competitivo nas principais competições. A eliminação para o Peñarol na Libertadores, contudo, colocou fim ao trabalho de pouco mais de um ano no técnico na Gávea. Ainda assim, sua equipe disputava as semifinais da Copa do Brasil e estava na 4ª colocação do Brasileiro, nove pontos atrás do então líder Botafogo.
O período mais expressivo em termos de números foi à frente da Seleção Brasileira, entre 2016 e 2024. Em 81 jogos, Tite somou 60 vitórias, 15 empates e apenas seis derrotas, atingindo um aproveitamento de 80%. O comandante venceu uma Copa América com a amarelinha, mas acabou deixando o comando após a eliminação para Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo, em 2022. Em 2018, seu time também acabou caindo nas quartas para Bélgica, mesmo após ter jogado melhor.
Foi no Corinthians o trabalho mais marcante de Tite. Entre 2015 e 2016, comandou o clube em 99 partidas, com 61 vitórias, 23 empates e 15 derrotas, registrando 69,4% de aproveitamento. Já no ciclo anterior, de 2010 a 2013, esteve à frente da equipe em 220 jogos, com 106 vitórias, 72 empates e 42 derrotas, o que resultou em um aproveitamento de 59,1%. O principal do seu trabalho foram as conquistas da Copa Libertadores da América, inédita para o clube, além do Mundial de Clubes, sustentando a marca de ter sido o último clube sul-americano a derrotar um europeu na final.
Esses números evidenciam a regularidade de Tite ao longo da última década e meia, tanto no futebol de clubes quanto em nível de seleção. Ao assumir o Cruzeiro, o treinador traz consigo a expectativa de replicar esse padrão de consistência e competitividade, agora com o desafio de dar sequência ao trabalho iniciado por Leonardo Jardim e conduzir a equipe celeste ao retorno das conquistas, algo que bateu na trave em 2024, com o vice da Sul-Americana, e neste ano, quando caiu para o Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil e terminou em 3º no Brasileiro.