FOTO: CRUZEIRO / FLICKR OFICIAL
Não é novidade que as relações entre o Cruzeiro e a Federação Mineira não vivem dias amistosos. Sempre as vésperas de um clássico, os bastidores se agitam e os maiores rivais mineiros trocam acusações sobre uma possibilidade de realizar o jogo com torcida dividida. A ideia de que um sempre quer tirar vantagem sobre o outro prevalece e a entidade simplesmente não consegue fazer seu papel mediador.
Na última entrevista coletiva realizada na Toca da Raposa II (24), o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, alegou que o Cruzeiro estaria de fato rompido com a FMF e que estaria buscando uma forma de judicialmente anular a eleição do pleito que colocou Adriano Aro na presidência da federação. As atitudes e as faltas do dirigente causaram grande impacto para o público e movimentar a torcida, mas de fato, as coisas tendem a não ser assim nos bastidores.
Vale ressaltar que Adriano Aro foi eleito por aclamação, com apoio do Cruzeiro e dos dirigentes que hoje fazem parte do quadro do clube, incluindo o presidente Wagner Pires de Sá. As bravatas de Itair Machado com a instituição também não são novidade.
Castellar (esq) e Adriano Aro (dir), ex e atual presidente da FMF. (Foto: Divulgação/FMF)
Em 22 de março do ano passado, Itair veio a público dizer que “Agora acabou a festa”. Na ocasião, o Cruzeiro havia conseguido junto à entidade adiar o jogo contra o Tupi, pelo campeonato mineiro. “Agora acabou a festa, o Cruzeiro nunca era ouvido, nunca era respeitado, mas a gente não está mostrando isso na força. Estamos mostrando que o Cruzeiro que é forte e não os dirigentes que estão lá hoje”, disse Itair Machado – você pode conferir a matéria completa no Super FC clicando aqui.
Diante das novas declarações, Adriano Aro se manifestou através de áudio enviado pela assessoria – confira a transcrição na matéria do Superesportes clicando aqui.
A verdade é que, enquanto as coisas públicas parecem encaminhar a situação para o rompimento, principalmente após a liminar que concedeu ao Atlético ingressos a preços iguais aos dos cruzeirenses para o clássico, não se pode afirmar que algo prático acontecerá. Muito pela conivência nos bastidores de ambos os clubes, como pela própria instituição, que vai mostrando aos poucos que sua intenção não é de promover o seu maior patrimônio com igualdade de condições.
Quando a situação chega a ser embaraçosa. (Reprodução: twitter)
Enquanto as falácias ganham as manchetes, só quem tem a perder algo são os próprios torcedores.