VITÓRIA E TRÊS PONTOS GARANTIDOS

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FOTO: REPRODUÇÃO MINEIRÃO / TWITTER OFICIAL

Antes de falar sobre o jogo, vale destacar que o Cruzeiro atingiu uma importante marca no Brasileiro. Com a vitória sobre o Goiás, chegamos a marca de mil pontos desde que o torneio passou a ser jogado nos pontos corridos. Apenas o São Paulo, com 1047 pontos, detinha tal feito. Motivo de orgulho e afirmação da nossa grandeza, já que somos o único clube fora do eixo Rio/SP a ser campeão neste período com três títulos incontestáveis.

Falando sobre a partida, O Cruzeiro novamente teve mais posse de bola (60%), muitas finalizações (20/5✅) e algumas desatenções que tornaram o jogo mais difícil do que deveria. Durante o primeiro tempo, Mano testou uma formação diferente com Orejuela adiantado quase como um ponta, Henrique cobria o lado direito e Robinho trabalhando pelo meio, próximo do Rodriguinho e não fechando o lado como de costume. Lucas Silva fez a saída entre os zagueiros num sistema que lembrava um 4-1-4-1. Esse novo posicionamento permitiu algumas finalizações do adversário nos minutos iniciais até metade do 1T. Ofensivamente, faltava caprichar no último passe. Robinho foi o que mais errou com 7, dificultando a criação da equipe. Mesmo assim, ainda chegamos com perigo dentro da grande área do Goiás duas vezes com Fred e uma com Egídio. Não foi suficiente pra abrir o placar no primeiro tempo.

No segundo tempo, começamos pressionando e já saímos na frente logo aos 4′. Após rápida cobrança de falta e bom cruzamento de Pedro Rocha, Dedé subiu de cabeça e marcou. O gol deveria dar tranquilidade a equipe e manter o adversário longe da nossa área, mas não foi o que aconteceu. Assim como no jogo contra o Ceará, novamente o time voltou a cometer erros de posicionamento na hora da marcação que não podem acontecer. O Goiás atacou pelo lado esquerdo e o primeiro erro foi Pedro Rocha não voltar pra fechar o lado, forçando Henrique sair pra cobrir. Giovanni Augusto recebeu no mano a mano contra o Lucas Silva e passou sem dificuldades, chegou na linha de fundo e cruzou pra área, Michael bateu, Fábio fez milagre e na volta o rápido atacante marcou. Neste caso, Orejuela estava com ele e não acompanhou sua movimentação. Desatenção que custou caro. Mano resolveu arriscar e colocou Thiago Neves no lugar do Robinho e David na vaga do Pedro Rocha e, minutos depois, Jadson entrou na vaga do Orejuela para marcar pela direita.

Dedé marcou pela primeira vez em 2019 e homenageou a filha que está a caminho. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Essa alteração deixou o time com mais volume quase completamente pela esquerda, já que no lado direito Jadson subia pouco e Thiago Neves partia dali pro meio, com Rodriguinho trabalhando por dentro e tendo a função de encostar no Fred. O gol saiu aos 35′ em jogada bem trabalhada. Lucas Silva rouba a bola na defesa, toca pro Jadson que já busca Fred no grande círculo, o camisa 9 toca pro Rodriguinho que abre novamente pro Jadson tocar pro David, que toca pro Thiago Neves devolver pro Egídio cruzar perfeitamente na cabeça do Rodriguinho dentro da pequena área do Goiás e fazer o gol da vitória.

Novamente a frente do placar, não conseguimos neutralizar o adversário da forma que deveríamos. Ainda sinto os volantes abaixo do restante do time. Lucas Silva com a bola auxiliou bem, mas na transição defensiva deixou a desejar. O Goiás ainda quase empatou após cobrança de falta, mas Júnior Brandão chutou pra fora. O Cruzeiro fez seu dever de casa e venceu os dois jogos contra adversários inferiores, mas precisa evoluir principalmente na concentração pra parar de errar tanto defensivamente. Ainda sinto o time encarando o Brasileiro com uma intensidade mais baixa do que o necessário. Vamos precisar de mais se quisermos superar o Inter no beira-rio. Por hoje foi suficiente.

#MeDibre

 

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