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Exclusiva: A administração do América e a campanha do time em 2021 – entrevista com o presidente Alencar da Silveira

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FOTO: MOURÃO PANDA / AMÉRICA

Em entrevista exclusiva ao Deus me Dibre, o Presidente do América Alencar da Silveira, contou como é feita a elogiável administração do clube, que é tida por muitos como um exemplo de gestão a ser seguido. 

Perguntado sobre como funciona a administração alviverde, Alencar fez questão de ressaltar a importância do trabalho conjunto e da continuidade dos projetos:

Isso vem de um trabalho conjunto, nós não temos oposição dentro do América, nós temos todo mundo remando para o mesmo lado. Isso ajudou, são ex-dirigentes que passaram pelo conselho gestor, são dirigentes atuais, e quando fica a carga maior para mim ou pro Salum, a gente pega e vem fazendo um trabalho de ano em ano, então ninguém desfaz o trabalho do outro, então todo mundo trabalha naquele segmento”

Ainda relembrou todo o trabalho que vem sendo feito, desde o doloroso rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro e para a Série B do Campeonato Mineiro. Tudo o que foi feito para tirar o América de um dos piores momentos da sua história, chegando em 2021 com uma temporada que ficará marcada nas páginas americanas. 

Eu quero lembrar que em 2015 eu assumi o América, depois que o Salum deixou, quando a gente teve aqueles pontos perdidos, não subiu por causa do Eduardo, em 2015 eu assumi, consegui disputar o campeonato com um time de juniores, não sai fazendo loucura, a gente conseguiu subir em 2015 e ser campeão mineiro em 2016, no meio do campeonato a gente viu que a campanha estava pífia, não iria dar certo o que foi feito, os jogadores não renderam o que foi colocado, eu coloquei o pé no freio na metade e falei, nós vamos tocar o clube agora devagar e vamos ver o que pode dar no próximo ano, se eu tivesse insistido naquela hora colocado dinheiro, buscado resultado, o América não estaria hoje onde está, tem que fazer o negócio com o pé no chão, que a gente em 2015 depois de ser campeão e em 2016 depois de ser campeão mineiro […]  o time gastava pouco, todo mundo gastando milhões e milhões e a gente gastando pouco, então chegou em julho, eu falei uma metade do campeonato, vamos parar e acabou, não faço mais nada, preparei o America para 2017 onde nós fomos campeões brasileiro em cima do Internacional na Série B, e deixei o time na Série A com o Salum, aí veio o problema, aquele penalti que o luan bateu, no último jogo contra o Fluminense, deu azar e caiu o América, e teve problema de arbitragem, o Salum que tocou, aí chegou agora voltei, e depois do campeonato mineiro, depois de um problema que nós tivemos aqui dentro, falei Salum eu não aguento tocar futebol aqui mais não, vem pra cá e vamos fazer, fiz o convite pro Marcus Salum, ele voltou e nós fizemos um trabalho conjunto, ele, o Euler e a gente dando os pitacos e deu certo, a gente sabia desde o início que não iria ser fácil, mas deixei bem claro, era o ano para o América ficar, era só lembrar quantos times que dizem de Série A, estão na Série B e a vaga do América era a mais fácil conseguir esse ano a permanência, é essa permanência eu acho que vai ser longínqua.”

CAMPANHA 2021

Vindo de um 2020 marcado pela excelente campanha na Copa do Brasil, na qual somente foi eliminado na semifinal, diante do Palmeira, que viria a ser o campeão daquele ano, e o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, o América começou o ano de 2021 com o gás total e a moral elevada. 

Logo no Campeonato Mineiro, o clube demonstrou que este ano poderia ser ainda melhor que o anterior. Chegando em 2º lugar na classificação, o Coelho eliminou o rival Cruzeiro na semifinal da competição. Na final, a equipe perdeu o título para o Atlético, empatando os dois jogos. Na Copa do Brasil, o time não conseguiu repetir o bom desempenho do ano anterior, sendo eliminado na terceira fase da competição, pelo Criciúma.

Mas  a realização do sonho dos torcedores americanos ainda estava por vir. Desanimado pela eliminação precoce na Copa do Brasil, o América começou o Campeonato Brasileiro com uma campanha fraca, levando ao coração do torcedor o medo de novamente, após conseguir o acesso para a elite do futebol brasileiro, ser rebaixado, como uma maldição do efeito ioiô.  Acreditando no trabalho já realizado e com o projeto de permanência, Alencar da Silveira trouxe Vagner Mancini como novo treinador e junto dele, contratações de peso, como Orlando Berrío e Mauro Zárate, dando início a uma campanha de recuperação histórica. 

Após uma sequência invicta, o América deixou o Z-4. A mudança de comportamento e de futebol jogado pela equipe era inacreditável. Aos poucos o risco de rebaixamento foi diminuindo e o torcedor americano se permitiu sonhar com objetivos ainda maiores. Chegando a reta final do campeonato, Mancini deixou o clube de maneira repentina para assumir o Grêmio. Correndo contra o tempo, a diretoria agiu rápido contratando Marquinhos Santos como novo comandante e dando sequência ao trabalho. O plano deu certo e as vitórias continuaram a empurrar o time para o alto da tabela. 

A notícia de que o clube não poderia mais ser rebaixado, veio acompanhada de outra inédita, o America já estava classificado para jogar pela primeira vez em sua história uma competição internacional, a Copa Sul-Americana. Com o um excelente futebol mostrado em campo e a vontade de conquistar ainda mais, o Alviverde foi atrás da classificação para a Libertadores, a mais importante competição de clubes de futebol da América do Sul e uma das mais prestigiadas do mundo. O América brigou por este sonho até a última partida, quando na 38ª rodada, venceu o São Paulo em um jogo emocionante, garantindo a 8ª colocação e uma vaga inédita na Libertadores.