A GRANDE INTERROGAÇÃO PARA A ESTREIA NA LIBERTADORES

Compartilhe

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Sempre que você lê qualquer opinião sobre o desempenho dos atletas em jogos do primeiro semestre, seu cérebro automaticamente repete a mensagem – “mas Mineirão não é parâmetro para nada”. Sendo assim, quando a voz começar a frase durante a leitura desse texto, manda ela se catar. O Mineiro tem sido ótimo para Levir testar os times A, B e C, além de diferentes formações na zaga, meio e ataque. Contra o Guarani, de Divinópolis, as contratações Guga, Vinícius Goes e Maicon chamaram a atenção dos torcedores, mas dois nomes  que participaram da temporada 2018 tiveram uma atenção especial do professor na vitória deste sábado.

Adilson e Zé foram os escolhidos no setor mais rico do elenco alvinegro. Desde a estreia do “pai véi”, em julho de 2018, vimos os dois escalados como titulares apenas uma vez, contra o Corinthians, em São Paulo. Enquanto tivemos um Galo mais defensivo no empate contra os paulistas, dessa vez, a retranca do Guarani permitiu que visualizássemos como seria o comportamento de ambos entre a missão de proteger a zaga e as investidas no ataque. Na maioria das partidas disputadas no segundo semestre, Elias era a peça com mais liberdade entre os volantes, enquanto Zé ou Adilson garantiam a segurança lá trás.

Apesar de ter sido o homem com mais desarmes no jogo, Zé Welison arriscou mais nas idas ao ataque. Lembrou Elias, chegando a dar o primeiro combate na saída de bola do adversário. Finalizou com perigo, apareceu na armação dos dois lados do campo e mostrou que não é apenas o brucutu que sempre associamos desde a contratação em 2018, cogitado apenas como primeiro volante por nós, torcedores “oreiudos”.

Como já conhecemos Levir de outros carnavais, com outras fantasias, sabemos bem que dificilmente veremos a dupla em ação como titulares novamente. O burro com sorte já nos causou princípios de infarto ao escalar um volante em clássico e jogos decisivos, deixando sempre a segunda vaga para alguém com rápida saída de bola e facilidade na armação. Enquanto Luan e Dátolo eram os preferidos no passado, Elias, Blanco e Jair devem sair na frente dessa vez, apesar da boa impressão deixada por Zé. Dessa vez, Elias estava suspenso, Blanco aprimora a forma física após se recuperar de cirurgia e Jair já havia queimado seu cartucho no rodízio ao enfrentar a URT durante a semana. No duelo particular dos escalados contra o Guarani, Zé Welison saiu na frente, já que o treinador sempre destacou a importância da entrega de bons números em campo. Mais desarmes, mesmo número de passes certos e bom posicionamento na saída de bola para o ataque, estatísticas para garantir Zé como favorito à titularidade contra o Danubio, na estreia da Copa Libertadores.

Em caso de retranca necessária, cartões ou lesões, o destino pode nos levar à formação Adilson e Zé novamente, além de Elias, leve, livre e solto à frente e, finalmente, sem ter a missão de marcar como prioridade. O pedido da torcida por uma sombra para Elias no elenco foi atendido com sobras. Com o quarteto de ataque definido, a maior dúvida de Levir seria para a escolha da dupla de volantes. Missão impossível? Não para o homem que já teve que escolher entre Eduardo e Danilo Pires.

Decide rápido, Levir. Precisamos pular para o próximo tópico da conversa: A LATERAL-DIREITA.

Compartilhe