A história se repetiu: mesmo adversário, respostas semelhantes

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IMAGEM: LUIZ FELIPE COSTA / DEUS ME DIBRE

A eliminação na noite da última quarta-feira (10) trouxe um verdadeiro “déjà vu” na cabeça do atleticano. Eliminado da Libertadores com dois empates, diante do mesmo adversário e criando as melhores chances para marcar. Um verdadeiro filme repetido, do que aconteceu nas semifinais da competição internacional da última temporada.

Entretanto, as coincidências não param por aí. Após o jogo, na entrevista coletiva, Cuca falou das dificuldades em enfrentar uma equipe com 1 jogador a menos (o Palmeiras teve Danilo expulso aos 30 minutos do primeiro tempo):

Foto: Pedro Souza / Atlético

Às vezes, ter um jogador a mais passa a não ser uma vantagem. Foi o que aconteceu hoje. O adversário (Palmeiras) se fechou, se fechou muito atrás. Então ele não tinha mais o controle do jogo, tinha a explorada em contra-ataque com o Rony ou o Dudu. Nós não conseguimos a penetração para fazer o gol. A sensação que a gente sai é ruim, sensação é de que se o jogo, tivesse sido 11 contra 11, nossa oportunidade era maior de vencer do que 11 contra 10, porquê o Palmeiras iria sair mais para o jogo.

Essa não foi a primeira vez que o torcedor alvinegro escuta de seu treinador, após a equipe fracassar contra um adversário que jogou com 1 ou 2 jogadores a menos, que enfrentar uma equipe assim, torna o jogo mais complicado.

Em setembro de 2017, após um empate no Independência, justamente diante do Palmeiras, por 1 x 1, o então técnico da equipe mineira, Rogério Micale, falou após o resultado sobre o time ter mais dificuldades em jogar contra a equipe paulista, quando ela teve os jogadores expulsos:

Foto: Bruno Cantini / Atlético

No 11 contra 11, estávamos muito bem na partida. Perdemos um pênalti, tivemos o segundo. Não tinha passado por isso. Não podemos nos precipitar, pois a equipe quer fazer gol de qualquer forma e se desarruma, pode proporcionar contra-ataques, sofrer gols, mesmo com um a mais. (…) O que me interessa neste momento é ressaltar é que 11 contra 11 o Atlético teve domínio. Correções temos que fazer.

O treinador ainda completou, dizendo que este não era um problema apenas do Atlético, mas do futebol brasileiro:

E não é só no Atlético, é em geral, principalmente no futebol brasileiro: com um a mais você pede para dar amplitude. Muitas vezes é interpretado que você quer que chegue a bola pra cruzar na área. Amplitude, muitas vezes, no meu pensamento, é abrir a linha de quatro que está postada na frente da grande área para achar um passe em infiltração. Insistimos demais nesse quesito.

Vale ressaltar que no último confronto entre Atlético e Palmeiras, que houve um vencedor dentro dos 90 minutos, o time paulista teve um jogador expulso (35 minutos do primeiro tempo) e o Galo, com Savarino (2x), marcou apenas depois do vermelho.

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