A MASSA JÁ SABE O QUE QUER?

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Hora de colocar a camisa do Galo em Marty McFly e no doutor Emmet Brown para ligarmos o DeLorean e viajarmos no tempo. Atlético e São Paulo se enfrentam, no Morumbi, pela 4ª rodada do Brasileiro 2018. O treinador Thiago Larghi opta pelo time titular e volta para Belo Horizonte com um ponto na bagagem. Três dias depois, o Atlético enfrenta o San Lorenzo na única competição internacional do clube na temporada. Entre os catorze jogadores que estiveram em campo, Samuel Xavier, Marquinhos, Bremer, Lucas Cândido, Yago, Tomás Andrade, Bruninho, Erik e Alerrandro. Fomos eliminados na primeira fase do torneio e reclamamos por meses com o presidente pela falta de valorização do torneio.

O tempo passou e eu sofri calado. Um ano depois, cogitamos poupar peças na 15ª rodada do Brasileiro para termos a certeza de que contaremos com todo os titulares contra o La Equidad, da Colômbia, e o que a torcida faz? Reclama! O Atlético estaria fazendo o que nós pedimos exaustivamente, valorizando a Sul-Americana. O que é que nós queremos então? Reclamar de tudo, independente de qual for a decisão?

Terminamos o Brasileiro com dois pontos a mais que o CAP, com ou sem aquele empate contra o São Paulo, continuaríamos na mesma posição, garantindo a vaga para a primeira fase da Copa Libertadores da América. O que doeu mais em 2018, aquela falha do Patric que permitiu o empate contra o São Paulo ou ser eliminado da Sul-Americana e ver o Galo sem torneio para disputar no segundo semestre, além do Brasileiro? Eu quero a taça da Copa Sul-Americana na Sede de Lourdes, exposta no Memorial, classificado para a Recopa, Libertadores, entre outros benefícios. Teremos outras vinte e uma rodadas para nos recuperarmos no Brasileiro, CASO o Galo tropece no Paraná, mas apenas uma chance de fazermos um bom resultado em casa e colocarmos um pé na semifinal da Sul-Americana.

Lesões não entendem jejum de anos sem ganhar determinado título, músculos e ligamentos não avaliam valores de contra-cheque. Fulano não tem jogar todas as partidas, pois tem salário milionário, ele entra em campo se não for arriscado, de acordo com a avaliação de diversos profissionais. Teoricamente, uma decisão fácil, mas no mundo do futebol com intensa cobrança externa, tudo fica mais difícil. A sede do atleticano em conquistar o brasileiro é enorme, mas renunciar a um sonho maior por uma rodada do Brasileiro é assinar embaixo do que o Sette falou em 2018 sobre a “Sula” não ser tão importante assim. Aliás, para falar a verdade, um ano depois, acho até que nossa raiva pelo momento do clube fez com que nós potencializássemos a declaração para cobrarmos outras melhorias na administração.

Voltando à discussão titulares ou reservas, contra o Aflético do Paraná, vale a confiança em um treinador que recuperou peças desacreditadas no elenco e que pode voltar com um bom resultado. Jair e Vinícius, tão elogiados nas últimas partidas, estavam nesse time alternativo há poucos dias, então existe a chance de atletas se destacarem e decidirem o jogo em lances individuais. Guga, Leo Silva, Maidana, Otero, Luan, Geuvânio e Alerrandro estavam entre os titulares e seriam boas opções para que Rodrigo Santana consiga poupar as onze peças principais que fizeram boas apresentações nas últimas partidas.

Enfrentaremos o La Equidad e equidade, segundo o dicionário, significa senso de justiça. Se pedimos ao clube que valorizasse a Copa Su-Americana e ele o fez, obrigado, Atlético. Faltam cinco jogos!

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