“A prefeitura abriu… e a prefeitura fechou” – Kalil fala sobre o veto ao público nos estádios de Belo Horizonte

Compartilhe

FOTO: REPRODUÇÃO YOUTUBE

O ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), falou em entrevista coletiva na prefeitura da capital mineira, na manhã desta segunda-feira (23), sobre a proibição dos torcedores nos estádios.

Kalil começou explicando que a volta do público ao Mineirão foi sugestão dele. Que em nenhum momento nem América, nem Atlético, nem Cruzeiro, por meio de seus presidentes ou diretores, o procuraram para sugerir a abertura dos estádios:

Foi uma iniciativa de Alexandre Kalil, que pediu ao comitê de enfrentamento para dar uma oportunidade pra gente saber se dava pra voltar o futebol. Então prestem atenção! Nenhum dirigente de nenhum clube de Belo Horizonte esteve via ofício, via pessoalmente, via telefonema, pedindo ou pensando na torcida de futebol. Então eu fico absurdado como de repente parece que nós estamos fechando unilateralmente o futebol. As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que nós decidimos que o futebol merecia uma chance, nós chamamos o clube pra colocar os protocolos, que infelizmente, deu no que deu. Não vamos aqui voltar, porque todo mundo assistiu, o Brasil todo assistiu, foi matéria nacional, foi colocado como um verdadeiro escândalo nacional, mas não vamos culpar ninguém não.

Kalil ainda citou alguns dos problemas que aconteceram na partida do Atlético, contra o River Plate – ARG, e do Cruzeiro, contra o Confiança:

Não conseguiram enumerar as cadeiras, se a Minas Arena não estava preparada e colocou site para vender ingresso em dia de jogo, se o torcedor não usa máscara, se aglomera em bar, enfim. Hoje até foi noticiado pela imprensa de que não tinha 16 mil pessoas no Mineirão (no jogo do Atlético). Mas o pior, que é o mais importante. Aí, nos refizemos o protocolo no modelo Copa do Mundo e na sexta-feira (20) nos fizemos o jogo do Cruzeiro. Com todos aqueles protocolos mais rígidos, com muita fiscalização e fracassou novamente.

Sobre o vídeo que o atual presidente do Atlético, Sérgio Coelho, gravou, com indagações sobre o funcionamento de outras atividades em Belo Horizonte que gera grandes aglomerações, Kalil respondeu da seguinte forma:

Ao presidente do Atlético, educadamente como ele foi na sua live, eu quero dizer que da Feira Hippie dependem 2.300 famílias, que fechou fechada mais de um ano. São 2.300 famílias que precisam comprar arroz, feijão e, talvez, ovo. Então a grande diferença entre agradar um público de 4 mil num jogo ou de 15, 18, 25 mil no outro é que são 2.300 famílias tentando se alimentar desesperadamente

Resposta a Ricardo Guimarães:

Para finalizar, Kalil ainda aproveitou para responder o ex-presidente atleticano e um dos grandes investidores do time, Ricardo Guimarães, que falou, em entrevista à Rádio Itatiaia no último domingo, que as decisões sobre ter ou não torcida nos estádios em Belo Horizonte, tem haver com a política do clube alvinegro.

Recebi um ataque asqueroso do Ricardo Guimarães. Ele tem um novo atributo, coragem. Convivi com ele no Atlético e ele nunca teve coragem, além da falta de influência na leitura. Ele simplesmente leu o que foi ditado para ele.

Compartilhe