A ÚLTIMA DOR DE CABEÇA PARA RODRIGO SANTANA

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Ao assumir o comando do Atlético, Rodrigo Santana herdou três dores de cabeça instantâneas. Apesar de não gostar do encaixe das jogadas pelo lado direito, não podia sacar da equipe o jovem Guga, xodó da torcida no início de temporada. No meio, precisava optar por Adilson ou Zé Welison para formar a dupla de volante com Elias, mesmo que nenhum deles atendesse ao estilo de jogo proposto pelo treinador. A terceira dor de cabeça… Calma que a gente chega lá!

Convocado para a seleção olímpica, Guga desatou o primeiro nó para o chefe. Patric começou segurando a bronca pelo lado esquerdo, foi bem, manteve atuações seguras no lado direito e garantiu a titularidade, mesmo com a volta de Guga. Ele fez o simples, jogou de acordo com o que o técnico queria, sabe que o torcedor elege o titular pelo desempenho pessoal, mas os donos da prancheta pensam na contribuição para o coletivo. Primeiro tópico riscado na lista de pendências do Santanão, Patric titular.

Na “meiuca”, Zé Welison era escolhido nas partidas fora de casa, quando a tendência era ser pressionado pelo adversário, enquanto Adilson era utilizado com a possibilidade de sair para o jogo, com o adversário recuado. Se era o Zé, nós pedíamos o Adilson, se era o Adilson, a gente queria o Zé. Faltava intensidade na marcação para um, o outro ficava devendo na transição para o ataque, pressionar a saída de bola do adversário? Nem pensar! Foi quando surgiu uma escalação com Jair após muitos testes de formações na Cidade do Galo. Logo na semana em que Adilson anunciou a aposentadora no futebol. Uma triste resolução da equação para o professor. Jair atendeu ao que o técnico queria e é candidato a funcionário do mês pelos pontos ganhos com o patrão. Diminui a dose de Neosaldina, menos uma dor de cabeça. Jair titular com três exclamações!!!

O sucesso da fórmula usada com Jair pode inspirar Rodrigo na última dúvida da escalação. O ataque! É nítido que o problema de Ricardo Oliveira é no freio, por isso desce a ladeira com velocidade assustadora. Alerrandro entrou, disparou na bolsa de valores, mas as ações começaram a cair e o atacante não tem a mesma blindagem dos medalhões, a paciência acaba mais rápido. Lembra da dúvida entre Zé ou Adilson? Como nada dava certo, o fator novo foi testado e aprovado, por que não fazer o mesmo no ataque? Chega mais, Papagaio.

Contra a Chapecoense, Rafael Elias da Silva, o Papagaio, ganhou a terceira oportunidade com a camisa do Galo. A quarta aconteceu três dias depois, contra o Botafogo, e é possível que a cena se repita com mais frequência daqui para frente. A lesão no início da temporada alterou todo o planejamento de utilização do atleta emprestado pelo Palmeiras. Não dá tempo para ficar lamentando, se está no elenco, “bora” pro jogo. Teoricamente, Papagol estaria em desvantagem na corrida pela titularidade, mas os concorrentes da vaga não conseguiram abrir essa vantagem. Na cabeça de Rodrigo Santana, o ano começou em julho e essa última dor de cabeça precisa ser solucionada antes que agosto apareça no calendário. Aproveita, Papagaio!

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