Allan fecha a temporada como um dos destaques do Atlético e quer mais um título com a camisa atleticana

Compartilhe

FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

O volante Allan chegou ao Atlético, em janeiro de 2020. Chegou com o status de ter sido eleito o melhor passador do Brasileirão 2019, quando atuou pelo Fluminense. Porém, seu início no Atlético não foi dos melhores. Logo no seu quinto jogo com a camisa do Galo, contra o Unión pela Sul-Americana, além de amargar a derrota que custou a desclassificação, o volante foi expulso. Em seguida, contra o Afogados pela Copa do Brasil, perdeu um dos pênaltis, que custou a eliminação do Atlético da competição.

Com a chegada de Sampaoli, começou a jogar como um auxiliar de Guilherme Arana, sempre fazendo a cobertura do lateral pela esquerda, sempre mostrando em campo um comportamento explosivo, marcado por insistentes reclamações com os árbitros e também um número elevado de cartões.

Na temporada de 2020, no Campeonato Brasileiro, Allan entrou em campo 31 vezes, tomou 9 cartões, sendo 8 cartões amarelos e um vermelho, oscilou bons e maus momentos ao longo da temporada. Terminou a temporada com 48 jogos disputados, 14 cartões amarelos, 3 vermelhos .

Mesmo com a chegada de Cuca, nessa temporada, o início de Allan não foi diferente do que vimos na temporada anterior. No campeonato Mineiro, o volante jogou 9 jogos e tomou 5 cartões, sendo 4 amarelos e 1 vermelho, continuando com uma postura de reclamar muito com os juízes durante os jogos.

Após a estreia contra o Fortaleza, no Brasileiro, Allan, chegou a ser questionado, em coletiva na Cidade do Galo, sobre o número elevado de cartões e disse que encarava com naturalidade pela posição que joga no time.

Minha função é essa de marcar firme, a única forma de eu não tomar cartão é tirando o cartão do jogo, ou me passando para outra função – afirmou o volante.

Porém, esse discurso de Allan ao longo do Brasileiro, foi caindo por água abaixo e a postura dele dentro de campo mudou. Aquele jogador que sempre reclamava com a arbitragem, se transformou num volante que só se preocupa em jogar bola, com isso, seu futebol cresceu e o número de cartões diminuiram. Um fator que também ajudou essa mudança de comportamento, foi o fato do time ter passado a jogar com Jair e Zaracho ao seu lado, jogadores que ajudam muito na marcação do setor. Com isso, o volante encontro o seu melhor futebol e passou a ser um dos pilares do time.

O técnico Cuca também tem um percentual no crescimento de Allan. Ele soube trabalhar o lado emocional do jogador, assim como o lado técnico e tático. Hoje, toda saída de bola tem que passar pelos pés de Allan, que tem muita qualidade de passe. Diferente da temporada passada, quando o atleta era  um auxiliar do Arana. Ele continua fazendo a cobertura do lateral, mas faz com excelência o primeiro combate frente a zaga atleticana e com isso diminuiu bem a exposição dos zagueiros alvinegros. Resultado, o Atlético teve a defesa menos vazada do Brasileiro.

Allan chega ao final dessa temporada como titular absoluto do Galo e um dos homens de confiança do técnico Cuca. Até o momento, foram 60 jogos na temporada, 57 como titular, dos 74 feitos pelo time. O volante tomou 18 cartões amarelos e 2 vermelhos.

No Brasileirão, Allan atuou em 32, das 39 partidas feitas pelo Atlético. Foi um dos destaques do time que se sagrou campeão brasileiro e está próximo de conquistar a Copa do Brasil.

Apesar de ser um dos destaques do time, o volante não esteve presente em nenhuma das seleções do Campeonato Brasileiro feita pelos veículos de imprensa.

Contra o Athletico-PR, ao entrar em campo, Allan completará 109 jogos com a camisa do Galo e ainda persegue seu primeiro gol. Quem sabe não vem hoje, para fechar com chave de ouro a grande temporada do volante atleticano.

Compartilhe