ANTILARGHI, UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

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O ‘não’ de Cuca após a saída de Oswaldo de Oliveira doeu na alma e gerou pânico em todo mundo. Finalmente ele estava livre e a gente sem treinador, como assim descansar e curtir a família? A gente precisava dele!

Sem o Alexi Stival, passamos a ver lado positivo de Enderson, cogitamos Vagner Mancini e o Felipão me fez repetir o termo mais dito antes de grandes tragédias – “e se…”. Só precisávamos tirar o analista de desempenho da lateral do campo e colocar um treinador de verdade antes que fosse tarde demais.

Estávamos prontos para falar que foi um erro deixa-lo no comando da equipe. A derrota para a Caldense na estreia, o empate contra o Tupi, a derrota para o Figueirense em casa, todo tropeço fazia renascer das cinzas o fantasma de Cuca. Aliás, se Larghi tivesse a sequência de seis jogos sem vencer, como aconteceu no início da era Cuca, ele não continuaria no comando do time.

Decisões como bancar a titularidade de Róger Guedes logo após aquele erro contra o Vasco fez a gente querer o cara amarrado em uma fogueira. Esse estagiário estava indo longe demais.

Passamos da marca de dez, vinte, trinta jogos sob o comando de Thiago Larghi e a Associação Protetora da Comissão Técnica de 2013 continua a monitorar de perto os erros do interino. A pressão sobre ele é maior do que seria com qualquer outro treinador, qualquer falha trará o caminhão de apelidos clichês na internet pela pouca idade e experiência no cargo.

Usam situações como as reclamações de atletas após as substituições, problemas vividos também por Levir e Cuca, campeões dos últimos anos. Aproveite suas lembranças do Facebook para relembrar como você ficava p* da vida com a dupla campeã da Libertadores e da Copa do Brasil.

Por muito tempo vi interinos assumirem equipes pelo país e fazendo mágica na tabela. Foi na época em que eu imaginava que o mundo conspirava contra nosso clube e jamais daríamos a mesma sorte. Hoje, Larghi é o melhor custo benefício dos treinadores do país. Pode chorar, pode espernear, mas é a verdade.

Sabe quais são as opções dele pela direita? O contestado Patric e o jovem Emerson, na esquerda foi preciso improvisar volante e zagueiro, as opções de meia hoje são Cazares, Tomas Andrade, Marquinhos e Bruno Roberto. O cara fez milagre sim, pode dar o braço a torcer, não fica feio. Eu assumo até que pedi o Felipão.

E por que eu estou falando o que todos já sabem? Porque a maior pedreira de Larghi será após a Copa do Mundo. A torcida criou expectativa com a vice-liderança e, como diria o Kalil, Atleticano empolgado é o bicho mais chato que existe. Acabou a Copa do Mundo, acabou o tal prazo de descanso do Cuca e se a vitória não vier contra Grêmio e Palmeiras, primeiros duelos pós-Copa, a Associação Protetora da Comissão Técnica de 2013 já vai levantar a bandeira novamente.

O aproveitamento de Larghi é superior a Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Micale e empata com Roger Machado. Já esteve no comando da equipe mais vezes que Micale, Oswaldo e Aguirre. Se o que lhe incomoda é a palavra interino, chame do que quiser, mas deixe o cara trabalhar.

O sindicato dos ANTILARGHI foi enfraquecido nos últimos meses, mas é sempre bom ficar atento às tentativas de incluir antigos nomes na pauta. Bora fundar a Associação Protetora da Comissão Técnica 2018?

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