O coração do Atleticano acelera sempre que Diego Tardelli Martins posta algo em suas redes sociais relacionado ao Alvinegro. Ver o eterno dono da 9 pisar na Cidade do Galo então é ter um filme passando pela cabeça, desde a chegada em 2009, até a despedida após a conquista da Copa do Brasil 2014.
Não há como ser criativo nas perguntas. A única dúvida é quando o veremos metralhar as redes adversárias novamente. Se Tardelli vestisse o Manto Alvinegro novamente, quais marcas ele poderia bater pelo clube? Listei alguns dos feitos já alcançados e quais estariam próximos de serem batidos.
São 210 jogos e 110 gols. Do elenco atual, apenas Leo Silva, Victor e Luan vestiram a camisa mais vezes. O menino maluquinho só ultrapassou Diego na temporada 2018. O centésimo gol veio contra o Lanus, na conquista da Recopa. Antes dele, os últimos a ultrapassarem a marca de cem gols foram Guilherme e Marques.
Os 110 gols garantem a 15ª colocação na lista de maiores artilheiros da história do Atlético. Repetir uma temporada como a de 2009, quando marcou 42 gols, o deixaria na quinta colocação, com 152 gols, empatado com Lucas Miranda.
Caso repetisse a temporada 2010, quando balançou as redes “apenas” 25 vezes, empataria com Ubaldo Miranda na oitava colocação com 135 gols. Foram 18 gols em 2013 e 19 gols em 2014, números que já o garantiriam entre os 10 maiores artilheiros da história.
Difícil dobrar os 110 gols? Depende de quando o atacante avisará aos chineses que bateu saudade do pão de queijo. Tardelli completou 33 anos no dia 10 de maio, já não é um garoto. Hoje seria o quarto mais velho do elenco, atrás de Victor (35 anos), Leo Silva e Ricardo Oliveira (38 anos). Caaaasoooooo conseguisse dobrar a marca, ultrapassaria até mesmo Dadá Maravilha (211 gols), ficando atrás apenas de Reinaldo (255 gols).
São 46 gols em Campeonato Brasileiro, o quarto artilheiro do clube na competição. Não seria difícil bater Guilherme, autor de 55 gols, e até Marques, que marcou 64 gols, mas para sonhar em se tornar o maior artilheiro do Galo em Brasileiro, Linda, esposa de Tardelli, teria que mandar as malas da China ainda essa semana. Reinaldo tem 89 gols em Brasileiros. A princípio, vale sonhar com o segundo lugar no ranking.
O gol do título na Copa do Brasil foi o último com a camisa Alvinegra, o 14º na competição. Guilherme, líder do ranking, marcou 16. Essa meta é mais fácil que ganhar do Cruzeiro em final. Vamos para a próxima.
Ao pesquisar sobre o desempenho na Libertadores 2014, li e reli todas as fichas e súmulas procurando pelo erro de não terem anotado os gols de Tardelli, mas realmente o artilheiro passou em branco naquele ano. Mesmo com o período de seca, os seis gols da Libertadores 2013 o deixam como o 5º artilheiro no torneio sul-americano. Pratto e Cazares marcaram 7 vezes, Guilherme anotou 9 gols e o líder da lista é Jô, com 11 gols. Aí oh, é só voltar agora, nos garantir na Liberta do ano que vem e deixar o Jô comendo poeira nessa.
Por falar em Libertadores, os 21 jogos disputados garantem Tardelli como o nono atleta que mais entrou em campo. Por ter participado de um jogo a mais em 2013, Pierra assegurou a oitava posição. Rafael Carioca em sétimo, Jô em sexto, Luan em quinto, Leandro Donizete em quarto, Leo Silva em terceiro, Marcos Rocha em segundo e Victor em primeiro completam a lista.
Diego Tardelli, sem essa de esperar a inauguração da Arena MRV. Volta logo, para o Horto mesmo, estádio onde você marcou 19 gols, sendo o quarto artilheiro desde a reinauguração após a reforma. O Luan já tem 24 e quer o topo, está empatado com outro cara que vestiu a 9 em 2016 e 2017, mas nem citarei o nome dele por aqui. Sabe quem é o primeiro colocado? Ele de novo. Jô! Sei que é teu parça e tal, mas está fácil demais desbancá-lo de mais essa lista.
Não só pelos gols, não só pelos 25 prêmios individuais que conquistou por aqui, não só pelas taças erguidas. É que a gente se entende, essa camisa serviu direitinho em você e a torcida quer lotar o aeroporto novamente.
Vem liderar esses rankings, vem destruir metas, vem matar a saudade. Dá até vontade esquecer aquele papo de responsabilidade financeira e entregar um cheque em branco para os chineses. Deus me dibre. Mas quem me dera…
Foto: Bruno Cantini/Atlético