
FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO
Comparando a campanha do Atlético no Brasileiro de 2019 com a de 2020, a evolução dos números do ataque atleticano chamam atenção.
Inclusive, foi o setor que mais se reforçou na “era Sampaoli”, com as chegadas de Marrony, Keno, Eduardo Sasha e Eduardo Vargas. O resultado é comprovado pelos números. O time terminou o Campeonato Brasileiro com o segundo melhor ataque da competição com 64 gols, quatro a menos do que o Flamengo.
No Brasileiro de 2019, em 38 jogos o ataque balançou as redes 45 vezes, uma média de 1,18 gol por jogo. Na temporada 2020, os números melhoraram bastante, e a média aumentou para 1,68 gol por jogo. Reflexo do modelo de jogo de Sampaoli de muita intensidade e busca pelo gol do início ao fim de cada partida.
Se em 2019, Cazares foi o artilheiro do time no Brasileiro com 6 gols, seguido por Nathan com 4, ambos jogadores de meio de campo. Na edição de 2020, os dois atacantes mais utilizados por Sampaoli se destacaram na artilharia. Keno jogou 33 das 38 partidas do time e foi o artilheiro do Galo com 10 gols, seguido por Eduardo Sasha, que jogou 35 das 38 partidas da competição e marcou 09 gols.
Mas se a evolução do ataque chama a atenção, os números do setor defensivo do Atlético também, porém de maneira negativa.
Em 2019 o time tomou 49 gols em 38 jogos, uma média de 1,28 gol por jogo. Já em 2020, os números foram bem parecidos, o Galo tomou 45 gols em 38 jogos, uma média de 1,18 gol por partida. O que mostra o desequilíbrio da equipe, que ao buscar o gol ao todo momento ficava por muitas vezes exposta, além é claro dos erros individuais do setor que vimos ao longo da competição.
Mais um motivo para que o Galo esteja buscando um treinador que continue com o modelo de jogo de impor intensidade, porém montando uma equipe mais equilibrada, como o diretor de futebol Rodrigo Caetano citou em sua última coletiva:
Em relação ao modelo de jogo desejado por todos é realmente um modelo de intensidade. Não é só aqui no Galo. Todo mundo diz, fala, mas muitas vezes você não vê isso sendo praticado. E o Galo teve ao longo de todo Campeonato Brasileiro, isso como sua marca. A ideia é que seja daqui para mais, que isso possa ser mantido, possa ser aprimorado, mas eu não posso entrar em nomes senão eu vou estar abrindo especulações aqui. E como eu disse no início, ao profissional que sai e principalmente a alguns tantos que nós vamos prospectar, é muito difícil eu falar em nomes. Poderia falar em perfil, que tenha aquilo que a gente chama de equipe equilibrada, entre realmente uma equipe que ataca de forma intensa e saiba também se defender. Esse é o desejo. Eu acho que através disso que nós vamos ter as possibilidades de conquistar os títulos.