
Atlético e Cruzeiro disputaram neste sábado (30) o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro de 2024. O jogo marcava o terceiro clássico na nova casa do Galo, que buscava o fim do incômodo jejum de vitórias contra o seu maior rival em seu estádio. Com um primeiro tempo de excelência, o Atlético parecia que colocaria fim, após abrir uma vantagem de 2 a 0. Mas o Cruzeiro corrigiu seus erros no segundo tempo e foi buscar o empate. Os gols foram marcados por Fuchs e Hulk, pelo Atlético, e Jemerson (contra) e Dinenno, para o Cruzeiro.
O Cruzeiro, dono da melhor campanha da competição, entrou em campo com a vantagem de poder jogar por dois empates nos dois jogos para conquistar o título, o que não acontece desde 2019, enquanto o Atlético buscava a sua primeira vitória em clássicos na sua casa para reverter a vantagem e conquistar seu quinto título seguido do estadual.
Para a primeira partida da final, dois times com formações espelhadas. O estreante Gabriel Milito, técnico do Galo, optou por iniciar a partida com três zagueiros e um meio de campo sem Gustavo Scarpa. Do lado da Raposa, Larcamón também foi a campo com três zagueiros e surpreendeu com a escalação de Neris e F. Machado.
Confira a escalação do Atlético:

Confira a escalação do Cruzeiro:

O jogo
Como era de se esperar em um clássico, o jogo começou com muita intensidade e correria. O Cruzeiro não se contentava com a vantagem e buscava o ataque quando tinha a posse da bola, pressionando logo na saída do jogo. O Atlético também não demorava a avançar com a bola no ataque e buscar Hulk e Paulinho para criar as melhores chances de ataque. As bolas paradas também eram visadas pelas duas equipes, que apresentavam propostas de jogadas ensaiadas.
A pressão atleticana acabou dando resultado logo nos primeiros minutos. Aos 8 minutos, Fuchs, zagueiro do Atlético, recebeu a bola no lado esquerdo do campo e fez uma jogada individual, driblando Marlon e depois Lucas Romero, chutando direto pro gol e abrindo o placar para o Galo: 1 a 0 no placar.
O gol acabou dando ainda mais confiança para a equipe alvinegra, que aproveitou a vantagem para jogar com mais tranquilidade e controlando melhor os espaços e também a posse de bola, conseguindo construir com perigo os lances de ataque. O Cruzeiro ainda buscava se reorganizar em campo, com muita dificuldade em avançar do meio de campo.
Quando o Cruzeiro começava a buscar seu jogo para tentar o empate na marca dos 25 minutos da primeira etapa, uma bola em profundidade saindo do campo de defesa achou Hulk sozinho, livre, de frente para o gol e sem qualquer empecilho para driblar Rafael Cabral e fazer o segundo gol do Galo. Hulk: 2 a 0 no placar.
A vantagem deixou o Atlético ainda mais confortável e o time do Cruzeiro ainda mais nervoso, que passou a fazer mais faltas. Com problemas defensivos evidentes, a defesa da Raposa passou a ser ainda mais pressionada, com bolas em profundidade e passes sempre buscando os artilheiros Paulinho e Hulk. Na outra ponta, Arthur Gomes e Dinenno participavam pouco do jogo pela dificuldade de construir de forma ofensiva.
E o primeiro tempo pode ser resumido em um amplo domínio atleticano, construído após o primeiro gol, que desestabilizou toda a proposta de jogo da equipe treinada por Nicolás Larcamón.
Para a segunda etapa, Larcamón promoveu apenas uma mudança na equipe, colocando o zagueiro Zé Ivaldo no campo, no lugar de Villalba. O Atlético foi a campo com a mesma equipe da primeira etapa.
Logo no primeiro ataque trabalhado do Cruzeiro, aos 5 minutos da etapa final, na roubada de bola do Machado, tocando para Matheus Pereira, que tentou o passe dentro da área. No corte de Lemos, a bola explodiu em Jemerson e morreu dentro do gol atleticano. O Cruzeiro diminui num gol contra: 2 a 1 no placar.
Precisando de buscar o resultado, o Cruzeiro tentou manter a bola no pé para construir as jogadas, enquanto o Atlético buscava em passes longos seus homens de frente para tentar, principalmente em jogadas individuais, superar a última linha de marcação e criar boas chances para retomar a vantagem construída no primeiro tempo.
O jogo ganhou uma dinâmica clara na metade da sua etapa final: o Cruzeiro buscava o ataque construindo a jogada no toque curto, enquanto o Atlético buscava espaço sempre para a bola longa. O jogo seguia aberto, dessa vez com o Cruzeiro conseguindo chegar mais perto da área adversária. Milito seguia sem alterações na equipe, enquanto Larcamón promovia a segunda mudança no Cruzeiro: Lucas Silva entrou no lugar de Lucas Romero, que estava amarelado e na sequência, Cifuentes entrou no lugar de F. Machado.
Já se encaminhando pros últimos 15 minutos, Milito fez as primeiras alterações da equipe alvinegra: Mariano entrou no lugar de Lemos, o jovem Alisson no lugar de Zaracho e Edenílson no lugar de Igor Gomes. As alterações tinham como objetivo deixar o Atlético mais intenso e mais competitivo com a bola no pé. O jogo acabou ficando mais acelerado, mas com o passar do tempo, mais bolas longas eram usadas como arma de ataque de ambas as equipes.
Já nos minutos finais, Larcamón promoveu suas últimas alterações: Barreal e Vital entraram nos lugares de Marlon e Arthur Gomes, respectivamente. Milito também mudou sua equipe, já nos acréscimos, colocando Gustavo Scarpa e Alan Franco, no lugares de Hulk e Saravia, respectivamente.
E quando o jogo parecia que ia para os finalmentes, com uma vitória do Atlético, a bola levantada na área e o centroavante Dinenno apareceu para cabecear com extrema felicidade e empatar o jogo. 2 a 2 no placar e vantagem, novamente, nas mãos do Cruzeiro. O jogo acabou não tendo muito mais tempo para novos acontecimentos e acabou com o empate no placar.
O que vem por aí…
Agora ambas as equipes “mudam a chave” para suas estreias em competições internacionais. O Atlético viajada até a Venezuela, onde enfrenta o Caracas, pelo primeiro jogo na fase de grupos da Libertadores. Já o Cruzeiro viaja até Quito, no Equador, onde enfrenta o Universidad Católica pelo primeiro jogo na fase de grupos da Copa Sul-Americana.