
FOTO: PEDRO SOUZA / FLICKR / ATLÉTICO
O momento dentro de campo é razoável no Atlético. O clube mineiro é líder do Campeonato Mineiro, mesmo sem ter vencido nenhum dos dois clássicos, e precisa apenas de uma vitória simples na próxima quarta-feira (1) para garantir classificação na Copa Libertadores, contra o Carabobo, da Venezuela. Mas não é só com o campo que a diretoria tem que se preocupar agora.
Fora das quatro linhas, principalmente no financeiro, a situação é bastante alarmante. O Galo deve, até este momento, alguns vencimentos aos seus atletas. Entre esses valores, estão dois meses de direito de imagem atrasados e a segunda parcela do 13º salário, que venceu ainda em dezembro de 2022.
A diretoria atleticana já havia comunicado e combinado com os jogadores do clube que iria quitar o débito em duas datas – que já passaram – mas o valor continua em aberto. A confirmação das pendências financeiras foi feita pelo próprio diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, no início de 2023. Mas a situação começa a gerar desconforto entre as partes.
Segundo apurações do jornalista Thiago Fernandes, da TV Band Minas, o clube trabalha agora, mas sem fazer promessas, para realizar o pagamento no início do mês de março. A informação foi confirmada por nossa reportagem. A ideia, inclusive, era usar parte do dinheiro da venda do shopping Diamond Mall para equalizar as contas, mas até o momento isso não aconteceu.
Vale ressaltar que o direito de imagem, geralmente, representa 40% do valor total dos vencimentos que o atleta recebe mensalmente pelo seu trabalho. Devido a alta carga tributária que incide nos salários registrados nas carteiras de trabalho dos jogadores, os clubes acabam optando por pagar uma grande fatia dos valores como direito de imagem.
Dívidas seguem em outras áreas
Não bastasse as dívidas com os jogadores, o clube também se preocupa com outras áreas. Atualmente, o Atlético tem débitos com empresários, como as que tem com André Cury, que acabam gerando execuções judiciais e bloqueios nas contas do clube. Ainda há dívidas com os fornecedores, a exemplo do que aconteceu com a empresa responsável pela produção do “Manto da Massa”.
Vale ressaltar que o Atlético se movimenta nos bastidores para conseguir viabilizar sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e tentar regularizar a situação da grave crise econômica que enfrenta. Atualmente, a dívida do clube ultrapassa a casa dos R$1,6 bilhão e com uma grave tendência a aumentar, por conta dos diversos empréstimos que vem sendo feitos para manter a operação do futebol do clube.