BAILE NA ARGENTINA E SUL-AMERICANA POR UM FIO

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IMAGEM: DIVULGAÇÃO TWITTER CONMEBOL

Só um milagre em Belo Horizonte fará o Galo permanecer na Copa Sul-Americana. Em mais uma apresentação catastrófica, o Atlético colecionou falhas e foi derrotado pelo Unión Santa Fe por 3 a 0, na Argentina.  As primeiras apresentações da equipe de Dudamel passam para o atleticano a sensação de que a temporada 2019 não acabou e que o treinador não traçou um plano B para o esquema escolhido por ele. O técnico tem a missão de mudar a cara de um time que ainda nos remete a Mancini, Santana, Levir, Larghi e Oswaldo.

O teatro dos horrores começou aos três minutos. Em efeito dominó de falhas de marcação após lateral cobrado na área, Walter Bou dominou, tirou Gabriel da jogada e finalizou para as redes de Michael, que nada pôde fazer. Com boas defesas ainda na primeira etapa, o jovem goleiro evitou um placar maior, como no erro de passe de Jair que gerou contra-ataque e uma boa finalização de Carabajal. Enquanto o adversário trocava passes rápidos e buscava jogadas de ataque com objetividade, o Galo repetia o velho problema de transição. Com uma proposta de jogo engessada, o meio-campo alvinegro pecou pelo excesso de passes errados.

Em rara oportunidade, Di Santo recebeu na área e teve a oportunidade de tocar para Hyoran, mas tentou a finalização e parou no goleiro Moyano. O arqueiro argentino voltou a salvar em ótima finalização de Jair. No rebote, Réver finalizou, Moyano fez nova defesa, mas o assistente já anotava posição de impedimento do zagueiro. Três minutos depois, em contra-ataque rápido, Bou lançou Cabrera que ampliou o placar. Velocidade de vídeo-game no ataque do Unión e de futebol de botão para a marcação do Atlético.

Sem contar com Cazares, Luan e Chará, os responsáveis pelo planejamento em busca de equilíbrio para o elenco optaram por reforçar o setor ofensivo após a primeira fase do torneio continental. A decisão econômica pode sair cara demais. Di Santo continua se mantendo entre os onze por não haver concorrente, Edinho vive o segundo período de testes no clube e o sucesso de Róger Guedes por três meses leva o Atlético a insistir nas experiências com atletas encostados no Palmeiras. Fórmula perigosa!

No segundo tempo, o Unión continuou com liberdade para jogar, alternando os lados do campo e bombardeando a defesa alvinegra dos dois lados, enquanto o ataque atleticano continuava apático e sem criação. O filme se repetiu, a zaga cochilou de novo e Carabajal marcou o terceiro aos seis minutos de bola rolando. Nocauteado em campo, o Atlético não reagia e Dudamel optou por colocar Edinho em campo na vaga de Jair aos 12 minutos. Aos 29, Hyoran, que pouco contribuiu, deu lugar a Borrero e, aos 33 minutos, Fábio Santos deixou o gramado para a estreia de Arana. Era impossível apontar um atleta sequer com bom rendimento na partida. Qualquer substituição era justificável, assim como não mexer, diante de um banco pobre de escolhas para o técnico.

Foi o lateral esquerdo estreante quem recebeu na área nos últimos minutos e sofreu pênalti. O fantasma de pênaltis perdidos quando Fábio Santos não está em campo voltou a assombrar o Atlético e dessa vez foi Allan quem desperdiçou a cobrança aos 45 minutos. Aos 46, o volante recebeu cartão amarelo por desentendimento com um atleta adversário e aos 48 foi expulso após perder a bola e matar a jogada com chance clara de gol para os argentinos. Allan desfalca o Galo na difícil missão de reverter o placar em Belo Horizonte.

A partida de volta será no dia 20 de fevereiro, às 21h30, no Independência. Ainda não há informações sobre a venda de ingressos para a torcida mandante. O Atlético retorna em voo fretado para Belo Horizonte e Dudamel decide nesta sexta-feira se poupará algumas peças para o duelo contra a URT, domingo (9), às 18h, no estádio Zama Maciel, pelo Campeonato Mineiro. A Copa Sul-Americana é a principal aposta da diretoria alvinegra para a conquista de um grande título na temporada.

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