Base do Galo faz raio-x em Minas e tem observador no subúrbio de São Paulo

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FOTO: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO

Júnior Chávare, diretor das categorias de base do Galo, revelou como tem sido o trabalho do clube para encontrar e monitorar jovens talentos pelo país. Em 2019, foram 3.700 jogadores observados em todo o Brasil, o que resultou em uma grande transformação em todas as categorias. Chávare entende que é preciso dedicar uma atenção especial para Minas Gerais e conta que a busca pelo interior do estado começou logo após a chegada do diretor em Belo Horizonte. Durante a parada para a Copa América de 2019, funcionários das categorias de base teriam assistido aos jogos de outras equipes no Mineiro Sub-20 e convidado atletas a participarem de um período de testes no Atlético.

A “excursão” pelo interior e as três semanas de testes e avaliações no CT renderam bons valores, como Samuel Toscas, Wesley e Lucas. Para Chávare, a avaliação em Minas tem que ser intensa e profunda para que o Galo não veja craques mineiros surgindo em clubes de outros estados, com exceção de casos em que os valores para o acerto estejam acima do que o Atlético pode pagar.

“Não entra na minha cabeça nós não varrermos o quintal da nossa casa, o quintal da nossa casa é Minas Gerais, aqui tem que ter uma varredura vinte e quatro horas por dia. Eu preciso conhecer cada atleta, de cada equipe de Minas que joga. Eu preciso saber pelo nome, pela característica, não posso perder outro jogador aqui para clube de fora.

Apesar do monitoramento acontecer em diversas regiões do país, São Paulo ganha uma atenção especial no planejamento, com uma pessoa dedicada a visitar subúrbios em busca de joias escondidas, além das avaliações tradicionais. O diretor explica que é necessário ter um tato especial do profissional e bom relacionamento com as comunidades para ter acesso e trabalhar nesses espaços.

“Um dos observadores de São Paulo, além dele fazer a observação tradicional, ele é especialista em áreas de risco. Ele faz avaliações debaixo e viaduto, em comunidades, naqueles locais que ninguém consegue entrar. É o cara que vai no futebol raiz”.

Quando um dos profissionais detecta um atleta em potencial, o garoto entra para o banco de dados que já ultrapassa a marca de 3.300 nomes. A lista, mantida e atualizada por Chávare há anos, fica à disposição do clube para consulta do Atlético no futuro. Segundo o diretor, é necessário ter total conhecimento das peças que integram os clubes das principais divisões do Brasil.

“Se você perguntar para mim (sobre) qualquer clube da série A, B ou C do Brasileiro, eu te digo exatamente quem me interessa na base deles”.

 

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